(15/09/2024) Durante a Missa festiva da 22ª Peregrinação da Fé e 23ª Caminhada da Fé, Pe. José Eduardo Bittencourt, Pároco de Capivari e idealizador da Caminhada, agradeceu todas as 220 pessoas que caminharam.
No final da celebração, ele falou:
“Depois de sairmos da matriz de Capivari, (na madrugada de ontem) tomamos café na capela de Vila Flor. O almoço foi na residência do seu Adeláudio (Zé Gordo) e de D. Terezinha, na Barranca. Em São Tomás, fomos recebidos para o café da tarde pelo casal Agostinho e Verônica. Um absurdo de tanta coisa boa sobre a mesa! Inclusive, a família e os vizinhos se organizaram, vestindo todos uma camiseta com um grande coração vermelho estampado no peito, para bem nos recepcionar! Nesta noite passada, fomos acolhidos no Salão Paroquial e nas famílias de Aratingaúba. E, hoje cedo, tomamos café na comunidade de Forquilha de Aratingaúba. Muito obrigado, igualmente, a este Santuário que sempre nos acolhe de coração aberto.”
“Há uns 10 anos atrás, a gente vinha observando os peregrinos passarem na frente de nossa casa. E isso despertou em nós a questão: será que eles não precisam de água ou de usar o banheiro? Então, no ano seguinte, eu comprei uma cartolina e fiz um cartaz: ‘Queridos romeiros de Albertina, se precisarem de algo, é só subir no caminho da casa à direita’. E desenhei um coração. O Agostinho colocou lá na beira do caminho, bem na entrada que dá acesso à nossa residência. Então, fiz uma jarra de suco verde e uma garrafa de café. Sentamos ali e ficamos esperando para ver se alguém iria entrar.
Naquele ano, duas senhoras viram o pequeno cartaz e subiram até nos. Então, voltaram e contaram para os outros e mais gente veio ali se refrescar. No outro ano, subiram dezenas de peregrinos e um foi falando para o outro... até que todos tomaram conhecimento. De uns anos pra cá, todos passam aqui para reabastecer suas forças na caminhada. E são recebidos na nossa simples casa com muito amor! E o símbolo do coração foi colocado na nossa camiseta para mostrar aos romeiros todo o nosso amor”.
Segundo a Rosana,
“com o tempo, o casal, que já é idoso, não conseguiu mais atender sozinhos todos os peregrinos. Então, chamaram parentes, amigos, vizinhos... Os filhos adotivos do casal e os netos também ajudam. Recebem apoio da D. Lúcia, irmã da D. Verônica, que vem acompanhada de algumas voluntárias que moram em Laguna.
O trabalho começa no dia anterior, quando são preparados todos os pães, cozidos em forno à lenha. E têm que preparar na hora o famoso suco verde (do tempo em que D. Verônica e seu Agostinho eram agentes da Pastoral da Saúde na comunidade) e o café fresquinho, no ponto”.
E D. Verônica conclui:
“Tudo que fazemos, é feito de coração. Tornamo-nos uma grande família! E tem mais: passou essa caminhada, e já ficamos ansiosos esperando para acolhê-los no próximo ano!”.
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