DIRETOR DE ARTES, AVELINO LOS REIS FALA SOBRE SUA PROFISSÃO E TRABALHOS




(21/05/2020) A recente Live promovida pela Rádio Colibri, de Araranguá, contou com a participação de Avelino Los Reis, Diretor de Artes do filme ALBERTINA. Realizando vários trabalhos em São Paulo, onde morou, e por todo o país, atualmente ele tem residência fixa no bairro Itacorubi, na ilha de Florianópolis. 

Em sua manifestação, disse que sempre “é uma ótima oportunidade quando se pode falar sobre audiovisual e, especialmente por conta deste novo filme ALBERTINA, e ainda falar das pessoas que realizam este tipo de trabalho”. 

Compondo a Equipe de Produção do longa-metragem já citado, Avelino assumiu a Direção de Artes. De seu trabalho, ele disse: “eu tenho uma profissão muito interessante; pois é o Diretor de Artes que dá corpo artístico a tudo aquilo que for capturado pela câmera: sejam ambientes, as características das pessoas, dos figurinos... do modo como isto irá acontecer, das escolhas que se fará para contar uma história. Acho tudo isso muito interessante! Meu trabalho lida com roteiro e o transforma em realidade fictícia para a câmera”, partilha. 

E fala sobre sua formação: “eu me formei em Arquitetura, mas sempre gostei de Cinema e Fotografia. Esta minha formação me ajuda muito na construção dos ambientes. Também fiz Geografia, o que me auxilia a lidar com paisagens, já que os filmes se desdobram em vários lugares. E todos os ambientes têm essa função narrativa bacana. 

Acho positivo buscar conhecimento sobre a História da Arte, dos Costumes e da Cultura relacionados ao tema que se pretende abordar; isto é, a história que se pretende contar. Nós somos todos grandes contadores de história. A gente usa essa capacidade artística para transformar o ambiente em função da dramaturgia presente no roteiro”. 

Avelino já recebeu muito prêmios por conta de suas produções. Mais recentemente, junto com Rafael Ronconi, com a série da Netflix “Ninguém está olhando”, foi premiado pela Associação Brasileira de Cinematografia (ABC) como a Melhor Direção de Arte e Melhor Série de TV. 

Junto com Cássio Amarante, tem recebido prêmios pela cinebiografia “O Bingo – o Rei das Manhãs”, que conta a história de Arlindo Barreto, um dos intérpretes do palhaço Bozo. Foi premiado, também, por algumas séries e longa-metragens que participou, como “Xingú”. 

“Tudo isso serviu para que eu aprendesse melhor a retratar décadas e personagens brasileiros. Eu tenho experiência profissional com grande produções. Então, fazer uma produção como a de ALBERTINA, com envolvimento de toda a comunidade, foi muito gratificante”. 

Los Reis também comentou a respeito da comunidade de São Luiz, onde o filme foi gravado. Disse que seu colega, “o Marx Vamerlatti, na Fotografia, conseguiu chegar a um resultado surpreendente! A opção de fazer um filme de época é sempre mais custosa e difícil. Só que, aqui nesta caso, a experiência se revelou, para mim, com grande diferença; pois, os lugares onde a gente queria filmar estavam muito bem preservados. Sim, eles já estavam lá, evitando ter que construí-los. 

Imaruí, São Luiz, São Martinho... A gente visitou esse pé da Serra catarinense que possui paisagens deslumbrantes. Isso colaborou muito para o bom resultado final. Também, noutro sentido, temos os objetos de cena, isto é, os elementos aproveitados para compor os cenários e todo o material religioso disponível, inclusive objetos que foram usados por Albertina! E tudo isso aparece na película”, garantiu.

Pensando nas pessoas que encontrou, O Diretor de Artes explicou: “O nosso trabalho é carregado de Antropologia. A gente percebeu os modos de viver daquela gente bem preservados na cultura dos que vivem ali. Por exemplo, em muitas casas, a gente encontrou o fogão novo na cozinha, mas também o fogão à lenha tradicional ali preservado. Encontramos o lugar da banha, da moenda, do toucinho... Acho que nestes lugares, se ficassem privados da energia elétrica, de certa forma eles ainda viveriam muito bem e com certa qualidade de vida”. 

E demonstrou a sua alegria em participar do Projeto cultural: “Em meu trabalho eu percebi alguns aspectos tratados pela Sociologia. Pois, incentivada pela Igreja Católica, através da Paróquia e do Santuário, formou-se uma grande corrente para viabilizar o Projeto. 

Foi feito um grande esforço, mesmo da parte daqueles que não eram profissionais de Cinema, com o objetivo de realizar o filme. E esse esforço é diferente daquele dos profissionais contratados. Estes vão lá, fazem o trabalho, com amor (evidentemente!), mas esperam receber um salário. E fazer uma longa-metragem exige muito dinheiro! 

E precisamos considerar que estamos atravessando um momento cultural desfavorável em nosso país. O resultado mostrado pelas lentes não revelará todo o processo de construção comunitário ocorrido na comunidade. Pra mim, será sempre um prazer falar sobre o envolvimento comunitário em torno deste Projeto que vi em São Luiz”, concluiu Avelino.


Filme ALBERTINA

Link de venda:

Link de Divulgação Boanova Films:

Link do Trailler - disponível para download:

Link do Vídeo Passo-a-passo para compra:

Postar um comentário

0 Comentários