APÓS 94 ANOS, MARTÍRIO DE ALBERTINA CONTINUA FECUNDANDO A FÉ DE TANTOS DEVOTOS

 

Há 94 anos, justamente no dia 15 de junho de 1931, nas montanhas de São Luiz, Município de Imaruí, o sangue virginal de Albertina foi violentamente derramado sobre a terra.

Era uma segunda-feira e a comunidade estava em grande expectativa com relação à celebração da novena e festa de seu padroeiro São Luiz Gonzaga, marcadas para aquele final de semana vindouro.

Albertina Berkenbrock, filha de Henrique e Josephina Boeing Berkenbrock, foi o segundo dos nove rebentos do casal descendente dos pioneiros alemães que colonizaram a região desde 1880.

Pe. Gabriel Lux, missionário alemão, da Congregação Dehoniana e Pároco de Vargem do Cedro, era Pároco nos períodos de 1921-1927 e 1932-1943. Engenheiro, ele recebeu uma ‘licença’ para conduzir a construção do Seminário do Coração de Jesus, em Azambuja (Brusque). 

Coube ao seu confrade, o Pe. Othmar Baumeister pastorear a grei cristã naquele período, justamente quando a menina Albertina foi morta. Assim, foi ele quem oficiou o cerimonial fúnebre da ‘nossa Santinha’, como ela era conhecida pelos seus conterrâneos.

No ano seguinte, em 1932, Pe. Sebastião Rademaker ficou à frente da Paróquia até Pe. Lux retornar. E, solidário à dor da família Berkenbrock e dos fiéis da comunidade pela perda de Albertina, Pe. Rademaker escreveu uma poesia que mandou gravar em mármore e fixá-la junto ao túmulo da veneranda Albertina. Ei-la:

Albertina imitou de Inês o heroísmo.

Sem mancha guardou sua veste de Batismo.

Seu grito angustioso pelos montes ecoou.

O ferro do criminoso a vida lhe ceifou.

A heroína expirou a lutar por Jesus.

No grotão se chantou (plantou), por sinal, uma cruz.

Albertina ilibada, coroada mártir nos Céus,

sede nossa Advogada na hora do eterno Adeus!

De fato, aquela tragédia ocorrida durante a preparação da festa de São Luiz, deixou profundas marcas no coração e na vida dos fiéis que passaram por tudo aquilo. Inclusive, conta-se que os pais não deixavam mais seus filhos irem sozinhos nem para a escola e tampouco para a roça. 

D. Mariquinha, irmã de Albertina, que nasceu dois meses após o Martírio, diz que, “ainda mocinhas, indo juntas na estrada, sob qualquer barulho estranho, a gente se jogava no mato, a esconder-se”.

Mas foi justamente no Coração de Jesus Redentor e Salvador, que Albertina encontrou o verdadeiro Amor. A exemplo de seu patrono São Luiz Gonzaga, ela dedicava-se a fazer o bem sempre, tanto na vida familiar, quando auxiliava sua mãe nos cuidados da casa e das crianças; quanto na sua vida pessoal e comunitária. 

Ela vivia intimamente unida a Jesus através das orações (ela tinha um caderninho no qual registrava suas próprias orações), da prática devocional do terço diário, do empenho na Catequese (onde se destacava) e do seu testemunho pessoal (fruto do desejo de não consentir em pecar). Assídua nas atividades de sua comunidade, Albertina frequentava fervorosa às funções religiosas e auxiliava D. Josephina a zelar pela capela e pelos altares.

Naquela tarde do dia 15 de junho, é provável que ela tenha ido com sua mãezinha até a capela, que ficava a menos de 200 m de sua casa. Depois, enquanto sua mãe encaminhava a ceia para a família, Albertina, já com doze anos, cuidava dos irmãos menores e dos filhos do empregado da família, o Indalício (Maneco Palhoça) que veio a ser o seu algoz.

Saindo a procura de um boi fujão, foi ele quem preparou uma armadilha encaminhando a menina para um grotão. Lá, numa tentativa de estupro, que não foi consumado porque ela lutou como pôde, sua vida foi ceifada barbaramente. Era por volta das 15h. Ele mesmo anunciou o ocorrido, acusando outra pessoa de ser o assassino. Às 16h encontraram o corpo de Albertina. 

Naquela noite prenderam o acusado João Candinho em Vargem do Cedro e, trazido para São Luiz, foi surrado e quase morto pelos moradores. No dia seguinte, o homem foi inocentado, dada a fuga do Maneco, que foi preso quatro dias depois e assumiu a culpa do homicídio. Ele morreu na prisão, tendo cumprido 18 anos de pena.

O corpo de Albertina foi sepultado em São Luiz, no dia 17 de junho, quarta-feira, pelas 11h da manhã, sob intensa chuva. Pareciam lágrimas do céu unindo-se às lágrimas dos enlutados da terra.

Neste mesmo ano do martírio de Albertina, o Brasil e o mundo ganharam o monumento do Cristo Redentor, no alto do Corcovado, no Rio de Janeiro. Sua inauguração ocorreu no dia 12 de outubro de 1931. Considerada uma das Sete Maravilhas do mundo moderno, embora não oficialmente, até hoje a imponente imagem chama a atenção de todos para a missão redentora de Jesus. Ele parece estar abraçando a cidade e o mundo inteiro com seus braços amorosos e acolhedores. 

“Vinde a Mim vós que estais cansados e sobrecarregados com o peso de vossos fardos; Eu vos aliviarei, pois sou manso e humilde de coração” (Mt 11,28-29). 

Com o passar dos anos, multidões têm se dirigido anualmente a São Luiz para recordar e celebrar o testemunho da Santinha.

Em 2007, no dia 20 de outubro, ela foi Beatificada pelo Papa Bento XVI. Oxalá, logo a Virgem e Mártir seja Canonizada. Caberá tal graça ao recém eleito Papa Leão XIV? Só Deus sabe.

Que continuem a ‘cair do Céu’ graças e milagres sob a intercessão de Albertina. Daí a importância de fazer chegar ao Vice-postulador da Causa, o Pe. Sérgio Jeremias (Mitra Diocesana de Tubarão), a narração da graça que o devoto recebeu.

Neste dia 15 de junho, no Santuário de Albertina acontecerá a Festa recordando o aniversário do Martírio e a Romaria Diocesana. Haverá celebrações ao longo do dia e será possível visitar a Gruta do Martírio e o Memorial.

No bairro São Martinho, em Tubarão, acontecerá a Missa de Ação de Graças às 16:30h na Gruta da Beata Albertina, construída em sinal de gratidão pelo devoto Gilmar, às margens da SC-370, ao lado da EsquadriMax.

- “Quão imensas, ó Senhor, são vossas obras! Quão profundos são os vossos pensamentos! Vós me destes toda a força de um touro, e sobre mim um óleo puro derramastes... E dirão: ´é justo mesmo o Senhor Deus: meu Rochedo, não existe nele o mal!’” (Salmo 91/92,6.11.16) 

 

RECEBEU GRAÇA DE ALBERTINA? 

MANDE SUA HISTÓRIA PARA NÓS!

                                                         

Trailer do filme ALBERTINA:  https://www.youtube.com/watch?v=3XggsrQMHbk

                                      

CONHEÇA MEU MINISTÉRIO DE MÚSICA

https://www.youtube.com/c/PadreAuricelioCosta

https://padreauricelio.blogspot.com

https://www.facebook.com/padreauriceliooficial

https://www.palcomp3.com.br/padreauriceliooficial/

https://open.spotify.com/artist/5Bn5nqUJghDOJkY76x7nZ9

https://www.deezer.com/br/artist/67334872


Postar um comentário

0 Comentários