CLERO DE TUBARÃO REALIZA ENCONTRO POR VIDEOCONFERÊNCIA

 


(26/08/2020) Nesta manhã de quarta-feira, D. João Francisco, Bispo Diocesano, convocou seu presbitério e seu colégio diaconal para uma reunião por videoconferência. Mais de quarenta membros puderam participar da conversa e reflexões. D. João os saudou a todos e dirigiu um momento de espiritualização. 

Na sua fala inicial, apresentou alguns aspectos visando contextualizar o testemunho cristão diante da atual conjuntura eclesial e social do país. Lembrou que, nesta semana, não fosse a situação de pandemia, os padres estariam fazendo seu retiro espiritual anual em Florianópolis. E exortou cada um a fazer seu momento especial de recolhimento e oração na presença de Deus, já que o Retiro acontecerá somente no próximo ano. 

E falou, ainda: “estamos vivendo o Mês Vocacional e percebemos que existem diferentes modos de viver a fé no âmbito pessoal e eclesial. Pois, há uma relação dialética entre o Deus, que chama, e o homem, que escuta e responde. Esse processo vocacional dialético é dinâmico e contínuo. E, na prática de nossa vida, a fé se revela tão dinâmica que se expressa nas nossas obras e atitudes, frutos de nossa fé”. 

Então, o Bispo recordou alguns elementos sobre Fé, relacionando-a com Vocação. Lembrou que usara a base desta abordagem noutra reunião do Clero, a partir da reflexão de Amedeo Cencini, que é padre, psicólogo e psicoterapeuta, um dos mais famosos formadores italianos. 

E continuou sua alocução dizendo: “Amedeo diz que a vocação parte da fé e que a fé tem dinamismos que se articulam entre si. Ele apresenta oito dinamismos: 

1. A fé que se recebe e que se transforma em gratidão. Ou seja, eu reconheço que a fé recebida é um dom e, por isso, eu agradeço.

2. A fé é como uma oração pessoal: eu vivo a minha e tenho vida de oração pessoal e em comunidade. Eu me uno à Igreja que reza e celebra.

3. A fé assumida, assimilada, introjetada: ela faz parte de minha identidade e eu a expresso como opção de vida, nas minhas escolhas.

4. A fé amada, ou seja, algo que eu amo porque ela é pra mim fonte de bem-aventurança, de alegria agora e no futuro.

5. A fé provada e sofrida, comprovada. Eu creio e, por isso, sou colocado à prova, como todos já temos experiência. Aquela fé que, às vezes, nos faz brigar com Deus, como Jacó lutou com o Senhor.

6. Fé estudada e compreendida: que se aprofunda, que aprofunda, 'fides quaerens intellectum' (‘a fé buscando compreensão’), a inteligência que se aprofunda, que procura compreender.

7. Fé partilhada e compartilhada com irmãos e irmãs que creem. Eu compartilho a minha fé, a minha experiência. Recebo ajuda e me deixo ajudar.

8. A fé anunciada a todos e testemunhada pela vida concreta.

Estes aspectos, no âmbito da vocação, tornam a vida extraordinária!”, explica o Pastor. 

Por fim, D. João concluiu sua reflexão introdutória com uma mensagem especialmente dirigida aos Padres e Diáconos: “Neste Mês Vocacional, mês de vivência da fé e da vocação, expressamos nossa fé por causa de nossa consciência vocacional. Quero saudar a todos, padres e diáconos, e ao seminarista Lucas, que está prestes a ser ordenado. 

Quero lhes dizer: a Igreja e a humanidade são agradecidos pela vocação de cada um de vocês. Muita gente não se dá conta disso, mas o fato é que cada um de nós, na sua doação, faz um bem imenso, deixa marcas ao seu redor; e isso faz bem para todos os que estão mais próximos de nós. Isso deve nos animar a fazermos ainda melhor o que se faz. E a fazermo-lo sempre com alegria, humildade e simplicidade. 

Esse tempo que estamos vivendo, seja mais encarado como um desafio do que algo que nos leve ao desânimo ou coisa parecida. Nesta hora, o povo precisa muito de nós. Vocês devem ter ouvido o quanto lhes faz bem os padres agindo, reagindo, atendendo, não se abalando e nem ficando omissos neste tempo de pandemia. Tenho ouvido muito isso. Louvo a Deus por tudo que cada um de vocês faz!”, exclamou o Bispo.

Após tais considerações, alguns clérigos expressaram suas reflexões. Pe. Lino Brunel, Coordenador Diocesano, recordou a todos da importância de divulgarem as celebrações nas famílias, as Igrejas Domésticas. Lembrou dos subsídios preparados pela Diocese e, semanalmente, disponíveis no Portal. 

Também tratou das assinaturas dos periódicos litúrgicos usados nas celebrações que, segundo ele, já devem ser renovadas ou canceladas no próximo mês. Muitos participantes demonstraram interesse em adquirir livrinhos com as liturgias de cada dia, em vez de folhetos litúrgicos para toda a assembleia. 

D. João incentivou os clérigos a tomarem conhecimento dos subsídios a respeito do Pacto pela Vida e pelo Brasil, da qual a CNBB é uma das signatárias. Destacou que o importante nas reflexões sobre o tema com lideranças é deixar bem clara a importância do diálogo. Pois, segundo o Bispo, “a atitude de diálogo fomenta o espírito ecumênico”. 

Foram confirmadas reuniões comarcais promovidas pela Pastoral Presbiteral; e também aquelas do Conselho Comarcal de Pastoral. Pe. Lino lembrou da importância de todas as Paróquias, mensalmente, apresentarem os resultados da Campanha Solidária Emergencial. 

A respeito da Assembleia Diocesana de Pastoral, prevista para outubro, por conta da pandemia, foi cancelada. Mas a Ordenação do Diácono Judá Gabriel foi mantida para o dia 17 de outubro, em Oficinas. 

Ainda houve tempo para o Pe. Lino dizer que a Cartilha de Orientação Política, preparada pelo Regional Sul II (Paraná), está à disposição das Paróquias. 

Pe. Rafael Uliano comunicou que a Rádio Tubá está encaminhando muito bem a migração de transmissão AM para FM, o que deverá acontecer plenamente até abril de 2021. 

A bênção concedida pelo Bispo encerrou a reunião.

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