CLÉRIGOS DE TUBARÃO PARTICIPAM DE ESTUDO SOBRE TUTELA DE MENORES E VULNERÁVEIS E LANÇAM FOLDER SOBRE O TEMA

(23/07/2025) Chegou ao fim, nesta tarde, o Curso Anual do Clero Diocesano, ocorrido na CEDA – Casa de Encontros D. Anselmo, em Tubarão. Iniciado na manhã de ontem, dia 22, tratou da Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis.

E contou com a orientação do Pe. Dr. Tarcísio Pedro Vieira, Membro do Tribunal Eclesiástico Regional da Arquidiocese de Florianópolis, onde também é Moderador da Cúria Metropolitana, e que vem auxiliando, já há muitos anos, na reflexão sobre este assunto em diversas Dioceses e institutos eclesiásticos.

À convite da Comissão Diocesana de Tutela, de Tubarão, ele ministrou o Curso para presbíteros e Diáconos Permanentes, sendo que o Bispo, D. Adilson Pedro Busin/CS também esteve presente.

Durante suas conferências, Pe. Tarcísio enfatizou que 

“a salvação das almas (das vidas) é sempre a Lei suprema em tudo o que diz respeito à missão da Igreja. Isso leva-nos a um questionamento: o que fazemos diante de menores que foram ou estão crucificados?”.

A partir de aspectos históricos e jurídicos, apresentou o conteúdo, convidando os presentes à participação e reflexão. 

“O tema é complexo e desafiador. Não podemos sair por aí fazendo acusações sumárias, pois, às vezes, o abusador também é uma vítima. A justiça é reparativa e restauradora; portanto, não é apenas vingativa (punitiva). O fato é que há muitas feridas por aí e muitas pessoas precisando de nossa ajuda. 

É importante olhar para as vítimas com um olhar de compaixão. Por isso, não basta proteger a boa fama de alguém, mas, também, a sua dignidade. Hoje, a História está sendo julgada e estamos pagando pelos erros cometidos no passado. Todavia, não existe neutralidade na omissão, pois a omissão já é um posicionamento.”

Pe. Tarcísio explicou que, diante de certos acontecimentos, comumente são feitas duas críticas à Igreja: a conivência (quando membros sabem de um delito, mas se calam) e a cumplicidade (quando participam ou favorecem o delito). Por isso, ele afirmou: 

“A negação é a pior forma de tratar um problema. Em vez de nós promovermos a ‘cultura do cuidado’, podemos nos acomodar na paralisia ou na autoreferencialidade por medo do escândalo”. 

E citou o esforço do Papa Francisco para dar continuidade aos processos de revisão do jeito de a Igreja, como instituição, agir em determinadas situações. Em 2019, Francisco publicou um livro intitulado “As Cartas da Tribulação”, no qual aborda a questão da ‘mediocridade espiritual’.

Pe. Tarcísio, apresentando as reflexões do Cardeal Ratzinger (e, depois, Papa Bento XVI), citou: 

“A crise ética é uma crise de fé. Os dramas vividos pela Igreja exigem tanto transformação social, quanto eclesial; ou seja, exigem conversão pessoal e comunitária. Precisamos lançar nosso olhar na direção do olhar do Senhor Jesus”.

E comentou que 

“o fenômeno do abuso na Igreja – embora seja minoritário, visto que no seio familiar os delitos são muito mais numerosos – não é irrelevante”.

Em 2014, foi criada a Pontifícia Comissão para a Tutela de Menores (Tutela Minorum), visando rever e melhorar as normas para proteção de todos os menores e adultos vulneráveis. 

“Todos os cristãos são chamados a agir como homens de fé, sinais de Cristo Jesus que, por sua vez, também foi Vítima. Daí, fomentar uma espiritualidade atenta às consequências do Mal”.

No ano de 2019, Papa Francisco publicou o Motu Proprio “Vos Estis Lux Mundi”, inspirado em Mateus 5,14 “Vós sois a luz do mundo”, propondo a formação de novas estruturas eclesiais. 

“O abuso de poder ou de consciência, numa relação de confiança e dependência, é o prelúdio e o contexto de qualquer abuso sexual.”

Em 2020, Francisco publicou um Vade Mecum apresentando alguns passos para orientar quanto aos delitos contra o Sexto Mandamento, 

“sugerindo passar da cultura do Poder à cultura do Cuidado. É importante usar de bom senso e de prudência em todas as ações”. 

Para isso, não nos faltam referências bíblicas: “Eu sou o Bom Pastor; e o Bom Pastor da sua vida pelas ovelhas” (João 10,11).

Ao final do Curso, a Comissão de Tutela Diocesana, da qual fazem parte o Pe. Pedro Paulo e o Pe. Lino Brunel, apresentou o folder “Programa de Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis”, produzido pela Comissão, e que será estudado pelas lideranças leigas e divulgado entre os demais fiéis.

Ao agradecer a presença do ministrante, D. Adilson disse que 

“todos saímos deste encontro bem mais enriquecidos com os estudos e as reflexões que fizemos; o que será bom para nós enquanto corpo diocesano. Este assunto, também queremos levá-lo ao conhecimento das outras lideranças de nossa Diocese”.

O Vigário Geral, Pe. Lino, afirmou que 

“este Curso veio para nós como uma luz que nos ajuda a cumprirmos nossa missão eclesial, especialmente, no que diz respeito à defesa da vida dos menores e das pessoas vulneráveis”.

Em nome da Pastoral Presbiteral, o coordenador Pe. Elias Della Giustina agradeceu ao palestrante e a todos os participantes do Curso, colhendo sugestões de possíveis temas para futuros Cursos.

No próximo dia 17 de agosto, à tarde, a Diocese celebrará os 70 anos de sua instalação com grande Celebração diante da Catedral.


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