EM SEU LIVRO DE ESTREIA, ROSI BITTENCOURT APRESENTA A HISTÓRIA DA RELIGIOSA ‘WILMA DAS MONTANHAS’

(30/10/2025) Rosinélia Bittencourt de Souza é tubaronense, casada com Luiz Carlos Silva de Souza, com quem deu à luz dois filhos: Richard e Henrique. Além de Contadora aposentada, é Parapsicóloga e agente de pastoral, dentre tantas outras habilidades. Faz parte da Academia de Letras do Brasil (ALB-SC-Tubarão).

Em seu livro de estreia, nesta noite, Rosi trouxe à baila a história de uma religiosa da Divina Providência que viveu muitos anos em Tubarão, organizando mulheres costureiras, visitando famílias dos pobres e testemunhando seu amor a Jesus Cristo, tanto através da Pastoral da Criança, quanto da instituição das Salas de Costura.

Olydia Wilma Gribler, filha de Nicolau e Ermelinda, nasceu em Montenegro (Rio Grande do Sul), na região de Kappesberg, na localidade outrora conhecida por Linha São Pedro (hoje Distrito Salvador do Sul). Era o dia 24 de julho de 1925. Seu retorno para o Criador aconteceu no dia 08 de fevereiro de 2012.

A Sessão de apresentação do livro.

Neste finalzinho de outubro, à noite, muita gente reuniu-se no Salão Paroquial de Oficinas, em Tubarão, para prestigiar o lançamento de seu livro: “A Wilma das Montanhas” (Edição da autora/Copiart, Tubarão/SC. 101p.), que celebra o centenário de nascimento de Ir. Léa.

A chuva que se derramou durante todo o dia sobre a Cidade Azul não foi empecilho para quem desejasse parabenizar a escritora e homenagear a religiosa biografada. Em determinado espaço do Salão, ao lado da matriz, montaram uma exposição de peças de roupas confeccionadas pelas Costureiras que trabalhavam com Ir. Léa, fotografias, o hábito religioso usado pela Irmã e um varal com cartas e depoimentos sobre Wilma.

Logo ao chegar, reconheci muitos rostos e logo concluí: ‘é tudo gente da Igreja’. Tudo estava tão bem organizado e aprazível; e não faltou música religiosa ao fundo, dando a tonalidade do evento. A Rosi e seu esposo e outros amigos cuidavam da recepção afetuosa. Logo o local ficou repleto de convidados.

Visitando a exposição, chamou-me a atenção uma carta em inglês, manuscrita por um grupo de estudantes da África. Eles agradeciam o trabalho da Ir. Léa em favor dos mais jovens, inspirando-os à solidariedade. Saltou-me aos olhos a frase: ‘um amigo na hora da necessidade é um amigo de verdade’ (‘A friend in need is a friend indeed’).

A mestra de cerimônias abriu a Sessão cordialmente, saudando aos presentes: 

“Acolhemos, muito especialmente, as religiosas aqui presentes, pois a obra hoje lançada traz a história de uma consagrada, a saudosa Ir. Léa, da Divina Providência, que foi um exemplo de fé e de missão. Sintam-se acolhidos e amados”.

Foi composta uma ‘mesa de autoridades’ com algumas lideranças: Karmencita Cardoso, Coordenadora Micro-regional da AMUREL das Academias de Letras, representando a ALBSC-Tubarão (Academia de Letras do Brasil), na qual a autora ocupa a Cadeira 07;  Pe. Rafael Uliano, pelo Presbitério da Diocese; João Batista Guedes, Diagramador e Orientador da obra; Sabrina Santos, representante da Tubarão Saneamentos; Adelir Modolon Felippe, Presidenta da Associação das Costureiras Voluntárias; Antônio Aguiar Bittencourt, irmão da autora; Pe. Auricélio Costa, representante da ACATUL (Academia Tubaronense de Letras); Ir. Lucila Terezinha Mai (superiora da Congregação das Irmãs da Divina Providência)... 

Conduziu-se um breve momento de oração e rezou-se o ‘Pai Nosso’. A mestra de cerimônias fez uma apresentação geral sobre a religiosa homenageada. 

“Wilma nasceu para viver com Deus e para Deus. Ao invés de buscar aplausos, almejou propósitos; enquanto todo mundo corria, ela subia escadas, não as de pedras, mas as da alma. Cada renúncia que fez foi um degrau rumo ao Alto, pois o Amor não precisa de provas, apenas de presença. No seu coração, o silêncio tinha som de entrega e o serviço aos outros era a sua forma mais sublime de oração. Wilma não pregava com palavras, mas com agulhas, tecidos, visitas, sorrisos e o calor de um café sorvido com vontade. Foi mulher de fé, de ação, de constância e sua vida se fez Evangelho cotidiano, costurado nas pequenas coisas.”

E também comentou a respeito da obra biográfica de Rosi. 

“Rosi Bittencourt, testemunha e amiga do voluntariado de Ir. Léa, transformou essa história em livro; e fez mais: transformou memória em missão, porque ‘A Wilma das Montanhas’ não é apenas uma biografia: é um sinal de que o Céu mora em cada gesto de quem serve por Amor. E, assim, entre páginas e lembranças, Rosi nos conduz por um caminho onde a fé não é discurso, é prática; onde a santidade não é distância, é doação; onde as montanhas não são obstáculos, são destino. Parabéns, Rosi, minha irmã de alma!”

Chamados a se pronunciarem, alguns convidados apresentaram importantes argumentos sobre o novo livro.

O Pe. Rafael, que também é escritor, enalteceu o trabalho de caridade da religiosa e que ele se perpetua. 

“Há seis anos que sou Pároco em Humaitá e testemunho, diariamente, o trabalho das senhoras que, de forma despojada, atuam na Sala de Costuras. Mais do que iluminarem-se a si próprias, eu as vejo lá empenhando-se e doando-se para que sua missão se realize. E estimularam muitas outras pessoas a também colaborarem com suas atividades.” 

Segundo ele, recentemente, numa enchente, elas trabalharam muito para ajudar famílias que estavam necessitando de roupas, especialmente enxovais para recém-nascidos. 

“Naquilo que lá atrás a Ir. Léa fez, e que a Rosi hoje retrata em seu livro, e que tantas mãos continuam fazendo, certamente, é a Providência de Deus agindo na história da humanidade. Deus tudo providencia, mas conta com nossas mãos para fazê-lo.”

A escritora Karmencita deixou sua mensagem à autora: 

“Rosi, você foi um instrumento de Deus para nos apresentar com essa história. A protagonista da obra nos mostra que gente não age apenas por merecimentos, mas por humanidade e por valorização do ser humano. Na educação das crianças, temos a responsabilidade de ajudá-las a serem muito melhores do que nós conseguimos ser.”

Várias senhoras que participam das cinco Salas de Costura iniciadas pela Ir. Léa, estavam presentes. A sua Coordenadora, D. Adelir, testemunhou: 

“Em 1988, junto com a Ir. Léa, iniciamos a Pastoral da Criança e, depois, ajudei a Irmã a fundar a Associação das Costureiras. Desde então, permanecemos firmes na missão. Aqui estão as cinco coordenadoras dos nossos grupos. Como nosso trabalho solidário, ajudamos também no Rio Grande do Sul, naquela grande enchente. Nós aproveitamos restos de tecidos, que seriam destinados a poluir o meio ambiente, e tecemos peças de vestuário”.

Um emocionado elogio à autora veio da parte de seu irmão, conhecido por Zé Tubarão: 

“Rosi, somente quero lhe dizer que valeu a pena toda a dedicação de nossa mãe na sua formação. Você é uma pessoa iluminada!”.

Todos queriam ouvir, também, a fala do esposo da escritora. Então, o Luiz Carlos tomou o microfone e deu um belo depoimento: 

“Estamos casados há 38 anos. Eu costumo reconhecer que a Rosi escreve muito. É um dom muito especial que ela possui; e ela escreve sempre com muita clareza. Eu acompanhei todo o seu trabalho, noites e noites, e que resultou neste livro, cujo conteúdo é, realmente, muito rico. Parabéns!”.

Muitas religiosas também prestigiaram o lançamento de “A Wilma das Montanhas”. Ir. Lucila, Superiora da Sociedade das Irmãs da Divina Providência, à qual Ir. Léa pertencia, se pronunciou. 

“Como Congregação, parabenizamos a autora por este livro tão importante para nós. É uma honra termos a biografia de uma Irmã que tanto se dedicou para o bem dos irmãos, desde o princípio de nossa Congregação. Em Münster, na Alemanha, nasceu nossa comunidade religiosa (1842), por iniciativa do Pe. Eduardo Michelis, sensível à realidade das crianças pobres e abandonadas. Quatro moças se ofereceram para iniciar aquele trabalho. Há 183 anos que esta história começou. No Brasil, as Irmãs chegaram há 130 anos e, particularmente, aqui em Tubarão, passaram a dedicar-se à Educação e à Saúde. Ajudaremos a divulgar este livro e o testemunho da Ir. Léa. Obrigada!”

Em nome das autoridades políticas foi convidado a falar o Prefeito de Tubarão, Sr. Estener Soratto da Silva Junior. Ele comentou sobre a contribuição do livro para a cidade. 

“Estou chegando, agora, da cerimônia de entrega de prêmios a estudantes que participaram de um Concurso de Redações sobre Tributos promovido pela Câmara de Vereadores. No campo da Literatura tubaronense, esta semana foi muito intensa com o lançamento de dois livros do José Warmuth e, agora, estou aqui com você, Josi, que possui tantas qualidades. Parabéns por relatar-nos a história de uma pessoa tão querida e por incrementar a nossa Literatura. Todos nós queremos conhecer o seu livro.”

Como representante da ACATUL, a pedido da Presidenta Marilene da Rosa Lapolli, eu, Pe. Auricélio, também fui chamado a falar. 

“É uma grande alegria podermos estar aqui reunidos para conhecer e receber um livro e, juntamente com a sua autora, participarmos de um processo de apresentação de uma história. Portanto, trata-se de algo bem mais do um livro ou do que muitas páginas escritas; trata-se da história de uma pessoa! Nós a conheceremos mergulhando num conjunto de letras, recorrendo à prosa. Para alguns aqui, é a oportunidade de recordarmos um pouco de nossa Ir. Léa.”

Importância de escrever. 

“Rosi, neste ano, a ACATUL está completando 25 anos de caminhada aqui na cidade. Este 2025, para Tubarão, talvez esteja sendo o ano com o recorde de lançamentos de novos livros. Ainda lembramos do feito do escritor Lindomar Tournier que, na altura dos seus 103 anos, lançou um livro neste ano e já tem outro no prelo, além de participar da nova Coletânea de nossa Academia. É por isso que Prefeitura, Academia e outras instituições estão trabalhando para que o seu Lindomar seja homenageado com o seu nome colocado no Guinnes Book.”

O testemunho que arrasta. 

“Rosi, você nos dá a oportunidade de celebrarmos a memória e o testemunho da Ir. Léa; mas, também, de valorizarmos inúmeros religiosos e religiosas que já trabalharam aqui. Nós passamos pelas mãos, pelos corações e pelas orações de muitas religiosas (falo isso por mim mesmo). Permita-nos Deus que, aprofundando nosso conhecimento da sua biografada, ajudemos a criar um clima cultural favorável para que outros jovens queiram servir voluntariamente e continuem sonhando com a construção de um novo mundo que é possível e que cada vez se torna mais urgente. Basta vermos as notícias de violência e exclusões que nos chegam lá de fora, mas também aquelas aqui de dentro, ou seja, em nossa realidade.”

Memória do bem feito. “Justamente no Ano Jubilar da Esperança, olhar para a Ir. Léa é deixar-se inebriar por essa Esperança que é puro Amor; ou seja, falar de Jesus através da entrega de uma peça de roupa, de um alimento ou de um bem estar. Agora há pouco, quando saí de casa, minha mãe me recomendou: ‘agradeça à Rosi e diga-lhe que muitas vezes a Ir. Léa hospedou-se aqui em casa’. Por isso, eu lhe agradeço, Rosi, porque, através de sua obra, nos faz recordar tantas coisas bonitas daquela Irmã que tudo fez para o bem de todos nós, ajudando o mundo a ficar melhor ou não tão ruim.”

Preservar a memória da nossa gente. 

“Este novo livro nos desafia a não deixarmos passar em vão as histórias bonitas de tanta gente de nossa cidade. Obrigado, Rosi! Precisamos contar a história do Mestre Zé do Boi de Mamão, aqui presente, mas também a da saudosa Ir. Johana Newmann, da Passagem. Se ninguém registrar essas histórias, nós as perderemos com o tempo. Seu livro enriquece a história da vida religiosa, da Igreja e de nossa cidade. A Esperança ainda é prioridade e nunca sairá de moda.”

Por fim, culminando a Sessão de Lançamento, a própria escritora, tomada de emoção, se pronunciou. 

“Quanta emoção, nesta noite! Sinto-me em família, como se estivesse no quintal lá de casa. Agradeço, de coração, toda manifestação carinhosa.”

Citando São Paulo, ‘Tudo posso Naquele que me fortalece!’ (Fil 4,13), encaminhou a apresentação de um vídeo sobre a Ir. Léa. Em ‘off’, o narrador apresentava a religiosa: 

“parteira, missionária, consagrada, amiga. Uma mulher que costurou com vida, fé e esperança com as próprias mãos. Deixou um legado que ultrapassou as fronteiras e floresce até hoje numa simples sala de costura. 

Durante anos, sua biografia permaneceu guardada. Um sonho que agora se cumpre através das páginas escritas por suas próprias mãos, trazidas à luz por Rosi Bittencourt, a amiga que recebeu a missão de reprisar sua história. 

O tempo passou, mas o amor permanece nas vozes das voluntárias, nas mãos que ainda costuram. Sua vida permanece entre nós. Histórias como a dela não terminam com um ponto final; elas seguem vivas em cada coração tocado pela sua fé.”

Em seguida, a autora continuou: 

“O livro ‘A Wilma das Montanhas’ traz uma história que, agora, pertence a todos nós. Agradeço às autoridades, aos religiosos, aos acadêmicos, familiares, amigos, aos ‘anjos da Providência’ (meus colaboradores) e a todos os presentes. Quero compartilhar com vocês este livro que nasceu de muita fé e dedicação. É um tributo à vida da querida Ir. Léa, que se auto intitulava ‘Wilma das Montanhas’, como temos em sua biografia. Ela não viveu apenas para si; viveu para ajudar, para acolher e para inspirar. O seu legado está em cada gesto de amor, em cada ponto costurado com dedicação, em cada sorriso que desperta esperança.”

Gratidão sincera. 

“Com este livro, estou atendendo ao seu desejo de ver sua biografia num livro, para que suas palavras e suas ações continuassem tocando vidas e inspirando gerações, mantendo vivas as chamas da fé e da solidariedade. Minha gratidão às Irmãs da Divina Providência por acolher esse projeto com tanta alegria. Isso serviu de bálsamo para eu continuar o trabalho e encheu-me de esperança.”

Homenagem às Costureiras. 

“Quero homenagear aquelas que carregam em seus corações tudo o que aprenderam com Wilma: as costureiras voluntárias! Com suas mãos habilidosas, transformam tecidos em esperança, em cuidados e lembranças de amor. Vocês perpetuam o amor da Ir. Léa através de seus trabalhos. Por isso, parte da renda deste livro será destinada às obras das Costureiras das cinco Salas.”

A força transformadora do Amor. 

“Sei que a Providência se manifesta através de cada um de nós. Ao escrever esta obra, senti-me muito perto de Wilma, de sua força da fé, da beleza da sua generosidade e da simplicidade de sua vida que, apesar de modesta, foi rica de amor e de serviços ao próximo. Sua história nos incentive com sua presença forte, recordando-nos que, com simples toques, podemos transformar vidas. Acreditemos no poder do Amor, da solidariedade e da fé! A verdadeira grandeza está em servir com amor, em cuidar e em permanecermos fiéis Naquele que acreditamos.”

Concluindo sua fala, Rosi cantou uma paródia da canção ‘Trem bala’ (Ana Vilela), que ela compôs em homenagem à Wilma. E todos cantaram juntos o refrão: “Léa! Léa! Léa!”.

A autora homenageou algumas pessoas entregando-lhes exemplares do seu livro. Depois, enquanto era servido o coquetel, ela autografou dezenas de livros e recebeu o abraço de leitores e amigos.

O livro está à venda em plataformas especializadas pela internet, na Secretaria Paroquial de Oficinas ou com a própria autora.


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