NILZA BERKENBROCK, CUNHADA DA BEATA ALBERTINA, RETORNA PARA JUNTO DE DEUS

 


(16/01/2022) “Benditos os pés dos que anunciam a Boa Nova!” Ou seja, dos que anunciam a mensagem de Jesus Cristo, até mesmo os pés são abençoados! Igualmente são abençoadas as mãos que servem e que acolhem. D. Nilza chegou perto de celebrar o centenário. Seus 92 anos de vida, certamente, não podem ser resumidos a algumas palavras, frases e parágrafos (14/10/1929-16/01/2022). 

Seria uma loucura ousar tentar registrar nove décadas de história de alguém. Mas é preciso registrar alguns pensamentos sobre a ‘motha’ Maria Nilza Michels Berkenbrock. Conhecida como ‘a esposa do seu Emílio’, por muitos anos ela se reservou aos cuidados da casa, na lida com os filhos, e nos compromissos com a capela. 

Não era dada a fazer discursos, mas não reprimia seu esposo falante de contar os ‘causos’ do lugar e, especialmente, a história da sua querida irmãzinha, a Beata Albertina. E sempre se emocionava quando falava dos detalhes que ele lembrava; completando a história que o seu irmão mais velho, o Vendelino, também era incansável em narrar. 

Enquanto o marido e o cunhado acolhiam os devotos de Albertina, na frente da capela, especialmente aos finais de semana, era a D. Nilza quem garantia o preparo do alimento para tantos que ali procuravam o sustento. 

A moça de uma família distinta do município de Armazém, assim que aceitou o pedido de casamento do irresistível Emílio (segundo ela confidenciava), foi morar em São Luiz (Imaruí). E nunca mais saiu daquele bairro. 

Benditas são suas mãos... mãos que acolheram os seis filhos que nasceram daquele casamento: Albertina, Alice, Arlene, Arlete, Adolar e Ademar. Mãos que cuidaram das crianças, ensinando-as nos caminhos mais seguros e acolhendo-as quando chegavam de volta em casa. Mãos que pentearam cabelos dos filhos, um por um; e que testaram suas temperaturas e que, quando necessário, lhes providenciavam um chá ou uma canja. 

Bendito o colo que aconchegava cada filho, cada neto, bisneto e tataraneto! E sua família foi ficando cada vez mais numerosa: 18 netos, 25 bisnetos e um tataraneto! Bendito o coração de quem acolheu como filhos, tantos genros, noras e amigos que foram chegando. 

Mãos que desfiaram as contas do rosário e que enfeitaram andores, altares e o sacrário da antiga e da nova capela de São Luiz. E que prepararam as refeições para o senhor Vigário, para seminaristas e freiras e quem quer que fosse chegando. Foi destas mãos generosas, ao longo de quinze anos, que o saudoso Pe. José Mülholff, missionário alemão, que paroquiava Vargem do Cedro, onde foi sepultado, recebeu os alimentos para se refazer de suas andanças pastorais. 

Espirituosa, conservava o bom humor até nestes últimos dias de sua existência. Compartilhava suas memórias e gostava de ouvir as histórias dos outros também. Ficava contente de receber visitas, especialmente há uns cinco anos, quando sofreu um acidente doméstico e não pôde mais andar. 

E quando alguém lhe perguntava: “Como está, D. Nilza?”, ela respondia com outra pergunta: “O que você acha: estou bem ou não?” E, quase sempre, o interlocutor respondia: “Sim, está bem, graças a Deus!”; ao que ela dizia: “Então, estou bem! Graças a Deus!” 

D. Nilza ficava feliz de falar dos filhos e netos, de suas conquistas, das festas que promoviam e participavam... E cada criança que nascia na família, tinha que ser trazida até ela para receber a sua bênção de tia, de avó, de bisa... Era muito exigente em quase tudo e não deixava passar nada que ela não aprovasse. E ninguém ousava desafiar seu poder matriarcal. 

A família sempre esteve flutuando no entorno da D. Nilza, de modo que ela sempre esteve muito bem amparada. Vários colocaram seus préstimos a serviço dela, mas, dentre todos há que se registrar a dedicação abnegada, empenhada e comprometida de Arlene e Jandir (filha e genro). Fizeram-lhe todas as vontades e providenciaram que ela pudesse viver com plena dignidade seus últimos tempos de vida. 

D. Nilza suportou muitas perdas ao longo de sua vida longeva: além de seus pais e irmãos, perdeu o esposo, a filha Albertina, a nora Astra e uma constelação de amigos e conhecidos. 

Todavia, por fim, também seu corpo sentiu que era hora de descansar, de partir... Passados alguns dias no Hospital São José, em São Martinho, seu coração parou de bater e, então, serenamente e cercada de afetos da família e dos amigos, ela partiu para a Casa do Pai. Era madrugada deste dia 16 de janeiro, domingo da Festa de São Sebastião (Padroeiro da Paróquia), quando a notícia se espalhou e toda a região comentou: “faleceu D. Nilza, a esposa do Emílio Berkenbrock”. 

Bendita seja D. Nilza, por todo o bem que promoveu ao longo de sua vida! Bendita seja Nossa Senhora, por quem cultivava uma filial devoção. 

Bendito seja São Luiz Gonzaga, seu sempre padroeiro querido! 

E bendita seja a Beata Albertina, sua cunhada ‘santa’ e em quem buscava sempre uma intercessão especial. 

“Benditos os pés dos que anunciam a Boa Nova!”, lemos na Bíblia. Bendita é toda vida que se abre em flor para servir! Descanse em paz!


CONHEÇA MEU MINISTÉRIO DE MÚSICA

 

https://www.youtube.com/c/PadreAuricelioCosta

https://padreauricelio.blogspot.com

https://www.facebook.com/padreauriceliooficial

https://www.palcomp3.com.br/padreauriceliooficial/

https://open.spotify.com/artist/5Bn5nqUJghDOJkY76x7nZ9

https://www.deezer.com/br/artist/67334872

Postar um comentário

1 Comentários