GREVE DOS CAMINHONEIROS PARALIZA O BRASIL



(27/05/2018) Há sete dias que teve início uma greve dos caminhoneiros de todo o país. Aos poucos o movimento criou forma e força, inclusive com a adesão de vários setores da sociedade. 

Os governos federal e estaduais estão tremendo diante da paralisia e do sentimento de insegurança que se estabeleceu na nação. Uns apoiam as reivindicações dos manifestantes; outros as questionam e outros, ainda, as rechaçam. 

O desabastecimento dos supermercados e postos de combustível logo foi afetando cada cidadão. Ninguém pôde ficar incólume diante da paralização dos transportes. Presidente e Ministros se mostraram vacilantes em suas argumentações e muitos grupos passaram a pedir “intervenção militar já”. 

Já não basta que alguns impostos dos combustíveis sejam retirados para que fiquem mais baratos; agora, há uma grande planilha de reivindicações e parece haver setores que torcem para que a situação perdure por mais alguns dias, instaurando, de vez, um eclipse social. As injustiças que empobrecem os caminhoneiros são as mesmas que massacram toda a população. 

A força dos caminhoneiros tem sido legitimada pelas opções quase exclusivistas que o país tem feito pelo tipo de transporte rodoviário. Milhões de reais vão sendo cumulados nas costas da população por conta dos prejuízos contabilizados nos meios produtivos do campo e da cidade. 

Afinal, alguém terá que pagar o ônus deste descalabro. A hostilidade ao Governo Temer e a todo o arcabouço governamental só aprofunda a crise institucional que estamos vivendo nos últimos anos. Vozes da Igreja se levantam aqui e acolá. Há muito que a CNBB vem alertando as autoridades e toda a nação sobre as consequências das escolhas que estão sendo feitas pelo Governo. 

Muitos radicalismos vêm cobertos de um manto verde-amarelo; mas não passam de novas-velhas ideologias que estão vindo à tona. Algumas paróquias, através de padres e leigos, têm publicado apoio aos caminhoneiros através de notas, declarações e fazendo campanhas de água e mantimentos para os grevistas acampados nas barreiras ao longo das rodovias. 

Nos eventos eclesiais (como nas Missas) os fiéis têm rezado pelos manifestantes e pelos governantes...; enfim, pela nação. Fake News estão se espalhando pelas mídias deixando o povo confuso. O nosso desejo é que – o mais rápido possível – os caminhoneiros sejam atendidos em seus pedidos e a normalidade se estabeleça. E que nossos representantes tenham aprendido a lição que, mais uma vez, surgiu das ruas. Não obstante o ceticismo diante do futuro próximo, é preciso acreditar que esta nação é abençoada e feita de gente briosa e lutadora.

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