O Papa
Francisco escreveu na Exortação Alegria do Evangelho que “há um estilo mariano na evangelização da Igreja” (EG, 288). Estilo é uma palavrinha difícil de
definir com precisão, mas é inconfundível. Juntando um pouco da história da
Igreja, suas doutrinas, suas convicções, sua experiência milenar em meio a
diversas culturas... perceberemos um modo particular e especial de ser da
Igreja. É o seu estilo. Maria marca
profunda e vitalmente o estilo de ser
Igreja, segundo o nosso Papa. E nós concordamos com ele: “Salve, Maria”!
Muitas vezes
nós “confundimos” a figura de Maria com a imagem de nossa própria mãe. A
experiência familiar é marcante e nos acompanha por toda a nossa existência. De
certa forma, isso ajuda a compreendermos o nosso estilo mariano de servir a Deus.
O Papa recorda
alguns títulos e adjetivos sobre Nossa Senhora. Ele relembra que Maria sempre
está no meio do povo (EG, 285) como amiga solícita, compreendendo todas as
pessoas. Como Mãe da Igreja evangelizadora, reúne os discípulos para invocarem
e receberem o Espírito Santo.
Jesus Cristo
desejou que a Sua Igreja não ficasse órfã. Ele lhe doou a própria Mãe.
Percebemos neste gesto, segundo o Papa, uma “fórmula
de revelação” muito especial que marcou intensamente a Igreja e a sua
missão no mundo. Ela tornou-se um “ícone
feminino da Igreja” e companheira não somente dos seguidores contemporâneos
de Jesus, mas de todos os demais discípulos de todas as gerações e em todos os
tempos!
Com sua
presença consoladora em meio ao mistério da Paixão, mesmo com o coração
traspassado, Maria sabe transbordar de alegria no louvor! Ela sabe transformar
dor em alegria, pois transformou “um
curral de animais na casa de Jesus” (EG, 286).
Sua presença
na ação evangelizadora da Igreja é fortemente missionária. Ela se aproxima das
pessoas, caminha conosco, luta conosco e aproxima-nos, assim, do Amor de Deus.
Mulher de fé, ela “vive e caminha na fé”
(EG, 287), sempre conduzida pelo Espírito Santo, ensinando-nos a reconhecer os vestígios do Espírito ao longo da
caminhada. Ela é orante e contemplativa, mas também é trabalhadora e sempre
pronta para servir. O Papa a apresenta como “modelo
especial para a evangelização”.
Sem dúvida, o
nosso povo compreende muito bem o papel de Maria na vida da Igreja. E nem é
necessário um tratado de Mariologia para incentivar as pessoas a amarem Nossa
Senhora. Já está na alma do batizado amar a Mãe do Deus Amor! Como exclamou aquela
mulher no meio do povo: “Bendito os seios
que te amamentaram” (Lc 11,27)! Maria nos faz “acreditar na força revolucionária da ternura e do afeto” (EG,
288). É por isso que Francisco ensina: “Esta dinâmica
de justiça e ternura, de contemplação e de caminho para os outros faz d’Ela um
modelo eclesial para a evangelização”.
Unamo-nos à oração do Papa, dentro do nosso contexto eclesial e social,
buscando a intercessão de Maria, e rezemos: “Virgem
e Mãe... ajudai-nos a
dizer o nosso ‘sim’ perante a urgência, mais imperiosa do que nunca, de fazer
ressoar a Boa Nova de Jesus... Amém!”
Pe. Auricélio – Promotor
Vocacional Diocesano
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