(24/09/2025) A primeira vez que Tubarão
celebrou o Dia Municipal da Poesia, muitas pessoas puderam reservar algumas
horas de suas agitadas vidas para saborear e restaurar-se interiormente ouvindo
belas poesias escritas por tubaronenses.
A recem aprovada Lei Municipal, de autoria
do Vereador Prof. Maurício da Silva (registre-se: com acolhida unânime da
Câmara e do Executivo), já foi colocada em prática graças à parceria da ACATUL
(Academia Tubaronense de Letras) e a Fundação Municipal de Cultura, além de
escolas, imprensa e outras instituições literárias.
O ‘Chá com Poesia’ marcou a celebração da
efeméride e reuniu pessoas ligadas ao mundo literário, como a Dra. Marilene da
Rosa Lapolli (Presidenta da ACATUL) e demais acadêmicos, Luísa (presidente da ACOL) e seu ex-presidente Antônio, a presidente
da SAPAL, as representantes da seccionais da Academia de Letras do Brasil (ALB-SC,
ALB-Tubarão e ALB-Laguna), membros da AJEB-SC (como a Dra. Marlene Rodrigues
Brandolt, coordenadora do Projeto Poetas Anônimas, cujo livro será lançado em breve,
retirando do anonimato poetisas como Osmarina José Costa, Eliane Bardini e
outras quatro mulheres), representantes de Escolas Municipais, Estaduais e
particulares... e outros poetas, como a Alice (Jaguaruna), Henrique (Capivari), Lucas, Júlia e Ana
Cleusa, entre tantos.
Autoridades também estiveram presentes ao evento, como Ályson
Oliveira (Presidente da Fundação Municipal de Cultura), Sra. Carmencita (Secretaria
Municipal da Educação) e os representantes do
Legislativo citadino.
Um dos momentos especiais deste ‘Chá com Poesia’ foi o destaque dado à grande homenageada com a celebração: a saudosa poetisa tubaronense Alice Cardoso de Jesus, nascida a 24 de setembro de 1927.
Alguns de seus familiares estavam presentes. A jovem Lúcia, sobrinha e representante da Comissão da Família de Alice, dirigiu-se aos presentes.
“Alice é uma tubaronense e é possível que muitos aqui a tenham encontrado em algum lugar de nossa cidade, como, por exemplo, na Prefeitura, onde ela era funcionária. Nasceu na década de 1920. Mais tarde foi morar em Florianópolis. Ela não teve a oportunidade de ser alfabetizada na idade escolar. Isso aconteceu somente após os 40 anos, graças ao MOBRAL. De fato, a Educação transforma a vida das pessoas! Desde sempre, Alice tinha sensibilidade para a Poesia.
Quando quisemos preparar o evento de julho passado (na UNISUL), para homenageá-la, fomos atrás de resgatar coisas sobre sua vida e soubemos que ela guardava suas poesias na memória, decorando-as e, então, quando possível, pedia que alguém lhe fizesse o favor de as escrever num caderno.
Iniciando seus estudos, passou a escrever todas as redações e outros textos em forma de Poesia, o que chamou a atenção de seus professores. E foi inscrita num Concurso do MOBRAL cujo vencedor teria sua poesia entregue pessoalmente ao Papa João Paulo II que visitaria o Brasil. Ela venceu o Concurso e foi levada ao Papa. Aquela foi a primeira vez que ela saiu de Tubarão e, por conseguinte, do Estado.
A partir daí, sua carreira despontou. Já sabíamos que sua história era bonita, mas não tínhamos ideia do quanto importante era.
Certo dia de domingo, meu primo Luiz me ligou pedindo para compartilhar uma de suas ideias. Contou-me que estava estudando Filosofia e que teve contato com a literatura de Machado de Assis. Lembrou que tínhamos em nossa família a tia Alice, um grande talento e que aquela história precisava ser comunicada a outras pessoas. E, assim, chegamos ao dia de hoje e à essa tarde brilhante”.
Chamado a falar, o Sr. Luiz, também sobrinho de Alice, refletiu sobre a importância da Poesia.
“Ao falarmos da nossa tia, estamos tratando de Educação. E Educação transforma as pessoas. A Poesia transforma corações! Nossa família ficou muito grata pela homenagem da municipalidade, mas, sem dúvida, momentos como este aqui é que têm grande importância, pois são fomentadores de Cultura. Pense comigo na tantas pessoas que poderão ser tocadas pela Poesia, podendo gerar um outro nível cultural para nosso município.
A tia Alice tinha grande capacidade de memorizar as poesias. Lembro que, aos 80 anos, ela ainda recordava de poesias decoradas na juventude! O evento desta tarde nos ajuda a amarmos mais os livros e a Poesia, elevando nossa alma, oportunizando-nos vivenciar esse clima tão edificante. Muito obrigado.”
“De fato, por tudo o que estamos vivendo aqui, somos Poesia! Quando nos descobrirmos Poesia, teremos um mundo mais leve, com relações humanas mais fraternas e espiritualizadas, substituindo as grosserias pelo bem, pelo bom e pelo belo.”
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