VARGEM DO CEDRO, TERRA DO PE. ALOÍSIO, CELEBRA OS 18 ANOS DO FALECIMENTO DO VENERÁVEL

 

(17/04/2024) Entre o altar de Nossa Senhora e o altar principal, um grande quadro com a fotografia do Venerável Pe. Aloísio Sebastião Boeing, SCJ, foi colocado num painel, enfeitado com flores amarelas e velas acesas. A bela (e quase centenária!) matriz São Sebastião, de Vargem do Cedro, em São Martinho, estava toda iluminada e enfeitada para a Celebração de Ação de Graças pelos 18 anos de falecimento do conterrâneo sacerdote. 

Ele viveu como um santo e morreu com grande fama de santidade, em Jaraguá do Sul, no dia 17 de abril de 2006. Para marcar a efeméride, alguns devotos e conhecidos do Pe. Aloísio se reuniram para a Santa Missa. 

Em sua homilia, o Pároco, Pe. Auricélio, disse: 

“Podemos dizer que a Liturgia da Palavra de hoje tem reflexos da vida do Pe. Aloísio; ou, de outra forma: a Palavra de Deus se reflete na vida do Pe. Aloísio de uma maneira muito forte. Ouvimos, na primeira leitura (Atos 8,1-8), que Estevão fora martirizado. É o protomártir da Igreja. Isso deveria assustar os Apóstolos e fazê-los se esconder novamente, como quando Jesus foi morto. Mas, ao contrário, os Apóstolos se espalham pelo mundo anunciando Jesus, como ouvimos a respeito de Felipe. Anunciam a mensagem e a Pessoa de Jesus, fazem o bem e vivem o amor imitando Jesus e, em consequência, os milagres vão surgindo. E a comunidade vivia na alegria do Ressuscitado!” 

Confiando na voz de seu coração. 

“A coragem e a ousadia estiveram presentes também na vida do Pe. Aloísio: trabalhou em várias Paróquias nos Estados do Sul e dedicou muitos anos na formação dos futuros religiosos de sua Congregação, e isso não é tarefa simples. Mas, o que me chama a atenção, é a decisão que ele tomou de ingressar no Seminário, ali pelos 11 anos de idade, quando deixou a casa paterna e o torrão natal. Isso também não é nada simples. Foram três dias para chegar em Brusque e só retornou para Vargem do Cedro após três anos. Que força interior aquele menino possuía! E esta força propulsora o impulsionou a sempre se ‘aventurar’ mais e mais por Jesus, até entregar-se nos braços de Deus”. 

O dinamismo missionário. 

“No cumprimento de sua missão e sair ao encontro das pessoas, a Igreja quer imitar ao Apóstolos, os Santos... e quer imitar Aloísio! De fato, cada um tem que fazer a sua parte e todos juntos temos que nos envolver. Nossa religião é dinâmica, porque é assim que o nosso Deus é: movimento, dinâmica!” 

Sentir Deus presente na Criação. 

“O Salmo que rezamos exaltava as obras que Deus criou (Sl 65/66). Pe. Aloísio tinha uma especial sensibilidade para com a natureza e suas manifestações. Todos dizem que ele era um tipo austero, sóbrio, até severo, sempre concentrado, sem muitos sorrisos; tinha postura de autoridade de quem formava jovens para o mundo e para o Céu! Nossas famílias, antigamente, usavam uma pedagogia assim para criar os filhos. Por outro lado, dentro do seu coração, havia um menino que se deixava encantar pela natureza e pelas flores, especialmente as amarelas. Que o Senhor nos dê esta docilidade para contemplarmos a presença de Deus na Criação e sentirmos que Ele nos ama.” 

Fiel adorador. 

“No Evangelho, Jesus se apresenta como ‘o Pão da Vida!’ (João 6,35-40). A Eucaristia era a fonte da força do Pe. Aloísio. Sempre que podia, colocava-se diante do Sacrário, fazia seus colóquios com Jesus e rezava o seu terço ali.” 

Os Mensageiros da Paz. 

“Ele falava de Jesus de uma forma tão especial que muitas pessoas se convertiam e se convenciam a permanecer no caminho. Tanto que hoje, em Jaraguá do Sul, no bairro Nereu Ramos, há uma multidão de servos, que se chamam ‘Mensageiros da Paz’. Vestem capas amarelas e, sorridentes, acolhem os devotos, colocando-se à disposição para servi-los, em nome do Pe. Aloísio. São pessoas de todas as idades que foram tocadas e atraídas pelo testemunho do querido sacerdote.” 

Homenagem filial. 

“Eu quero lhes apresentar este livro. É uma bela obra! Foi escrito por alguém que conviveu com o Pe. Aloísio como uma das suas filhas espirituais: Ir. Zenaide Araújo. Aos 15 anos, descobriu-se vocacionada a partir de uma conferência do Pe. Aloísio: ela nunca ouvira alguém falar sobre Jesus daquela forma. Permaneceu junto do sacerdote até a última hora. A sensação que se tem ao ler este livro é de estar escutando uma filha homenageando o seu amado pai. É um belo instrumento para conhecer o Pe. Aloísio.” 

Manter o foco em Jesus. 

“Ele disse, certa vez, que o ‘Nosso tempo precisa de apóstolos e Santos! Nós temos uma coisa preciosa dentro de nós que é a capacidade de amar. Amar: isso é ser santo! Tenham os olhos e a mente sempre cravados em Cristo! Isto exige um coração puro e desapegado. Isto é viver a vida contemplativa, vida de santidade. (...) O importante é que vocês cresçam no amor a Jesus, estando sempre ocupados com Ele. Podem estar fazendo o que quiserem, mas o centro do seu interesse e do seu pensamento, deve ser Jesus! Quando forem tratar com o próximo, nunca esqueçam o Amor Misericordioso. Jesus teve muita misericórdia para comigo, assim devo agir para com os meus irmãos e irmãs. (...)’. Isso é muito significativo.” 

O fundamento é Cristo. 

“Pe. Aloísio era sempre preocupado de que ninguém se afastasse de Jesus; pois, o que é viver sem Jesus? Se não forem o valores de Cristo, pautaremos nossa vida sobre quais valores? No pensamento materialista, só se faz alguma ação se isso trouxer alguma forma de ganho, geralmente material. Mas, nós, cristãos, por outro lado, pensamos em cuidar das pessoas e do mundo para torná-los melhores, pois são presença de Deus.” 

O testemunho de Santos e Santas. 

“Na sua espiritualidade, ele se inspirava em vários Santos e Santas. Eram seus amigos! Primeiramente, em Nossa Senhora e, por isso, construiu várias Grutas. Inclusive, escolheram sepultá-lo num caixão em cuja tampa estava estampada a imagem de N. Sra. das Graças. Eu não sei quais os Santos que inspiram vocês aqui presentes, e nem se costumam ler biografias de Santos; mas posso lhes dizer que vale a pena! Pe. Aloísio se inspirava em São José, São João Evangelista, no Servo de Deus Pe. Dehon, na família de Betânia (Marta, Maria e Lázaro), em São Luiz Gonzaga e em muitos mais! Albertina, a Virgem e Mártir de Imaruí, sua prima segunda, certamente não estava longe do seu horizonte de fé.” 

Últimos suspiros. 

“Irmãos e irmãs, no afã de fazer o bem, em nome de Cristo, o coração do Pe. Aloísio era indiviso! Estava inteiramente voltado para isso. Até que o tempo foi passando... Há 18 anos, Pe. Aloísio estava cada vez mais fraco. Após a Páscoa, sentindo que deveria partir, disse: ‘Está tudo bem! Tudo muito bem! Deus é bom! Deus é muito bom! Como Ele quer, está bom. Assim como Ele fizer, está bom’. Noutro dia, falou: ‘Jesus está perto. O que Ele quer, eu não sei. Mas Ele está ali, está perto’. Pe. Aloísio foi ficando mais fraquinho e respirava com muita dificuldades, ajudado por um cilindro de oxigênio.” 

Partiu rodeado de amigos, seus filhos espirituais. 

“Quando ele entrou na agonia, na hora derradeira, D. Orlando Brandes (Bispo de Joinville) e um casal de amigos chegaram oportunamente. Começaram a rezar até que chegou a Ir. Neide, pioneira e líder da Fraternidade Mariana fundada pelo Venerável. Então, ela disse: ‘Pe. Aloísio, Jesus está chamando você. Pode partir em paz. Nós continuaremos...’ Então, às 16h, ele faleceu, de mãos dadas com D. Orlando, na presença de amigos e filhas espirituais. Mais tarde, o Bispo dirá: ‘Pe. Aloísio vivia o que ensinava; melhor: ensinava o que vivia! Era autêntico, consequente e fiel. Era de Jesus Cristo!’. Como exclamou seu confrade, Pe. Osnildo: ‘hoje ganhamos mais um santo no Céu’. Amém!” 

Concluída a reflexão e feitas as preces, o Geraldinho Heidemann cantou: “Mensageiro da Paz”, em homenagem ao Venerável. Rezou-se a oração pela Beatificação do Pe. Aloísio. A Missa prosseguiu normalmente, oferecendo ao Pai o santo sacrifício. 

Ao final, o Pároco apresentou o livro de Ir. Zenaide: “Convivi com um Santo – E o seu nome é Pe. Aloísio”; e o livro do saudoso Pe. José João Hellmann: “Ao lado teu, Senhor” (que traz as biografias de Albertina Berkenbrock e do Pe. Aloísio). Ambas as obras foram editadas pelo Instituto Pe. Aloísio, de Nereu Ramos.


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