(20/04/2024) Como já é tradição na Igreja, também os novos Diáconos Permanentes da Diocese de Tubarão, ordenados nesta tarde, em Cabeçuda (Laguna), escolheram lemas para iluminarem seus ministérios.
O Laércio Vitorino de Jesus escolheu: "Eis que venho pra fazer a tua vontade" (Hb 10,9) e Rui Francisco identificou-se com: "Estou no meio de vós como aquele que serve" (Lc 22, 27).
Estando a matriz São Pedro Apóstolo tomada por fiéis e familiares dos Ordenandos, adentrou no templo a procissão com acólitos, Diáconos, Padres e o Bispo, D. Adilson Pedro. Religiosos e religiosas, seminaristas e vocacionados também estavam presentes. A animação ficou por conta de um Ministério de Música de Imaruí.
Na Liturgia da Palavra leu-se os texto do 4º Domingo da Páscoa, o Domingo do Bom Pastor. Por isso, em sua homilia, o Bispo disse que
“o Diácono deve rezar por si e pelo povo. Mantende, pois, a unidade com o Cristo. Hoje recebeis a Ordem, mas não estais prontos. Vosso diaconado será construído no vosso dia a dia, como a Igreja, configurando-os em Cristo.
Para todos nós, mas especialmente hoje para vós, a Igreja lembra que também sois responsáveis por parte da edificação dessa Igreja Diocese, mas, também, dessa Igreja paroquial aqui da Cabeçuda. 'Jesus é a pedra angular que vós desprezastes!'
Vós, Diáconos, sois edificadores da comunidade, através de vosso testemunho de bons pastores. Deixai-vos transformar por Aquele em nome de quem ireis pregar a Palavra. A exemplo de Pedro, sede pregadores corajosos e perseverantes e inspirai-vos no exemplo do Apóstolo, padroeiro desta Paróquia, que deixou tudo pelo Senhor, porque encontrou n’Ele a única esperança e o seu amor”.
E mais:
“Eu confio a vós tais serviços: a ti, Laércio, de integrar o Conselho Diocesano Missionário e a Pastoral da Educação. E tu, Ruy Francisco, exerce o serviço de ser animador dos Grupos de Famílias, pois precisamos continuar e revitalizar e fortalecer esta dimensão da Igreja doméstica. Não estareis sozinhos! (...) A Igreja de Tubarão pode e quer contar com a vossa presença de luz, dedicação, caridade e profética”.
“a organização desta Ordenação não aconteceu no campo da individualidade. Todo esse momento é resultado de uma grande coletividade, foi sendo construída em várias comunidades cristãs, a partir de nossas famílias e de outras famílias e comunidades de nossa Paróquia. Portanto, só temos que agradecer. Em primeiro lugar, eu e o Ruy, agradecemos a Deus pelo dom da vida e, em segundo lugar, eu quero agradecer à minha mãe Nininha, em memória, que se doou a vida inteira para que eu pudesse ter vida e que fosse em abundância. Creio firmemente que ela, onde está, está muito feliz com esse momento.
Agradeço a minha esposa Albertina, que também se entregou de corpo e alma por este momento, mesmo com suas limitações. Esta túnica que estou usando é resultado de noites e noites inteiras bordando; é fruto de suas mãos e, por fim, também do trabalho de minha sogra Nair. Albertina, peço-te publicamente: nunca desista de mim; e cuida um pouco mais da tua saúde para que, por muitos anos possamos viver esse ministério que assumimos juntos, hoje.
Agradeço aos meus quatro filhos Laiz, Alberto, Clara e Lara. O meu sonho de adolescência e juventude era, realmente, ser pai; e Deus me presenteou com quatro pérolas. Eu os amo na alma. Agradeço aos meus genros e nora; e formamos uma comunidade cristã. Agradeço por nossa neta, presente maior que Deus nos deu. A
gradeço ao meu pai, Pedro João de Oliveira, e a sua esposa, aos meus irmãos e também aos familiares de Albertina aqui presentes. Tendo sido criado pela minha mãe, convivi mais com os meus primos do que com os irmãos. Muito obrigado pela presença de todos. Agradeço a D. João Francisco, a D. Adilson e a D. Onésimo aqui presente, de quem sou amigo desde os tempos de Seminário”.
Também o Diácono Ruy fez seus agradecimentos e considerações.
“Cheguei até aqui porque, um dia, na comunidade de Portinho, pela primeira vez, eu participei de uma celebração presidida por um Diácono, o Diácono Virgílio, de saudosa memória. Ali foi lançada uma sementinha dentro de mim. Obrigado.
Quero lembrar o gesto da Malvina, esposa do Antônio, que era candidato a Diaconado, antes de adoecer. Ela me entregou todos os livros do finado, dizendo: ‘Ruy, vai até o fim!’. Tal gesto, para mim, foi como se ligasse a ignição de um motor e esse motor não parou mais. Obrigado.
Eu nunca esqueci, bem início de minha preparação, do que o Marcelo me disse: ‘Se eu pudesse, não fosse a minha deficiência física, eu também queria ser Diácono’. Então, Marcelo, eu quero dedicar o meu ministério a você. Obrigado.
Na Escola Diaconal eu pude me dar conta do quanto Maria está presente em minha vida. Foi pensando nela que escolhi o lema de Hb 10,9, que se refere à disposição de Maria. Fui tocado por este texto.
Nestes últimos dias, no Tríduo Vocacional, senti que o Espírito Santo estava muito junto de nós. O Evangelho do Bom Pastor nos marcou profundamente. Contudo, quero partilhar que eu costumava animar as Missas do Crisma, mas sempre carregava uma dúvida: será que eu tinha sido crismado? Então, o Pe. Bantu me orientou, entrei na Catequese com minha filha e nós dois fomos crismados no mesmo dia. Não fosse a Crisma, eu não estaria aqui. Foi assim que o Espírito agiu em mim! Ele nos conduz, nos ilumina e nos encaminha.
Obrigado à minha família e à minha esposa, que sempre me apoiaram. Quero realizar este Diaconado com todo o amor do meu coração! E tudo sirva para a honra e glória do Senhor!”
Ainda, antes da bênção, D. Onécimo deixou sua mensagem:
“D. Adilson, parabéns por estes dois novos filhos. E parabenizar pela presença do Diaconado nesta Diocese que, com certeza, enriquece as comunidades, o presbitério e, sobretudo, o Reino de Deus, com a presença e o testemunho de cada um.
De coração, agradeço ao Pe. Valter, que foi o Diretor da Escola Diaconal de Florianópolis por 42 anos, desde quando chegou de Roma, como professor. Foi ele quem protagonizou o Diaconado Permanente em nosso Regional e no país. Tornou-se um apóstolo do Diaconado Permanente.
Nossa gratidão profunda por todo trabalho e dedicação neste longo período. Ruy, busque sempre estar atento e fazer a vontade do Pai. E você, Laércio, procure sempre servir Aquele que, por amor, nos serviu por primeiro. E o maior serviço de Jesus foi a doação de sua vida por nós realizada na cruz.”
Após um momento vocacional, D. Adilson concluiu
a celebração. E toda a comunidade se reuniu no Salão Paroquial para continuar a
confraternização.
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