(20/04/2024) Após uma Jornada Vocacional pelas comunidades da Paróquia São João Batista, de Capivari de Baixo, que durou 50 dias, nesta tarde, os fiéis lotaram a matriz para participar e testemunhar a Ordenação Diaconal de dois de seus filhos.
Régis Ouriques Constantino e Valcy Soares foram ordenados Diáconos Permanentes, sob a imposição das mãos de D. Adilson Pedro Busin, Bispo diocesano.
Em sua homilia, o Pastor orientou a assembleia e exortou os neo-ordenados.
“No nosso Regional Sul IV (Dioceses de SC), presente em Aparecida, na Assembleia dos Bispos (ocorrida nestes dias, com 443 Bispos), renovamos o compromisso de rezar pelas Vocações e instalar ações de animação vocacional em nossas comunidades por um período indeterminado. Portanto, continuemos a pedir ao Senhor da Messe que envie operários para trabalhar na colheita que é grande, mas o operários são poucos”.
O Apóstolo audacioso.
“A primeira expressão que ouvimos hoje: ‘Pedro, cheio do Espírito Santo’. Ele está configurado e transformado pelo Senhor Ressuscitado. Depois da Ressurreição, aquele homem medroso, frágil, mas cheio de boas intenções, que em determinados momentos se mostrou indigno de ser Apóstolo, (agora, não!) na força do Espírito, Pedro torna-se um Apóstolo audacioso, sábio e determinado na pregação. Capaz, inclusive, de dar a vida por Jesus.
Vós, Diáconos, deixa-vos transformar por Aquele e em nome de Quem ireis pregar a Palavra como Pedro. Não tenhais medo! Como diz o Papa Francisco, não pregar somente às ‘ovelhas mansas’ (‘penteadinhas’) que já estão aqui no redil. Tende a coragem de ir às multidões; muitas vezes, hostis à pregação do Evangelho.
Buscai as ovelhas extraviadas, porque estão longe do convívio dos irmãos. Ide às realidades difíceis da nossa Diocese e não tenhais medo. Espelhai-vos em São Pedro! Espelhai-vos em São João Batista! Eram homens de Deus capazes de pregar e de dar a vida.”
Servi-Lo como santo!
“O evangelista João nos disse que ‘o Pai nos deu um grande presente: o de sermos chamados filhos de Deus!’. Conhecer o Pai é o chamado feito a todo filho. Conhecer, neste texto, significa ser semelhante ao Pai, numa dimensão íntima que vós, Diáconos, também tendes a buscar: não somente no ‘fazer’, mas no ‘ser’, assim como Jesus o foi.
O primeiro chamado do Diácono é servi-Lo como santo! A santidade é a nossa primeira vocação e antecede ao ministério; está na origem e será o critério de salvação no final de nossa existência. Podemos pensar no rosto do Senhor: ‘eu tive fome, eu tive sede, eu era migrante, preso...’
O filho busca alcançar a santidade do Pai. Assim, o Diácono busque viver isso de uma forma especial no ministério ordenado. Isso não é privilégio, mas um dom recebido para poder melhor servir o povo de Deus.”
Servir com excelência!
“Vós irei batizar. Mas ide, também, ‘às esquinas e encruzilhadas’ e convidai a todos. Sede missionários!... Saí das sacristias e ide ao encontro para evangelizar e batizar. Sois pastores não somente da espera, mas da busca. Vede o Bom Pastor! Bom, porque Deus é Bom e, na Criação, ‘viu que tudo era muito bom’. Todos primamos por ser bons, também! O melhor, a excelência! Não mercenários, nem mesquinhos e nem medíocres (mais ou menos).
A comunidade que ter bons Diáconos, que se doam por inteiro.” A generosidade dos cristãos. “Régis e Valcy, Jesus os chama a serem generosos, alargados no coração e no serviço para serem ‘bons diáconos’! Tal doação é feita livremente. Quem doa a sua vida, sempre a terá! É a lógica do amor e da doação! E tal doação é para sempre! (‘Forever or never!’)
Vivemos numa sociedade do descartável; tudo tem prazo de validade. Infelizmente, parece-me que até o Amor se tornou um produto (mercadoria) com vencimento rápido. Mas, Ele, O Bom Pastor, deu tudo por nós e para sempre.”
Instrumentos do amor.
“Ungidos pelo Espírito, vocês ajudarão o Bispo no serviço ao altar, à Palavra e à caridade. Nobres missões! Em nome da Igreja, ireis exercer o múnus de servir; sois enviados em nome da Igreja; evangelizar onde for preciso. Sereis instrumentos do amor de Deus entre os últimos, os aflitos, os pobres, os que estão à margem da sociedade e da fé. (...)”
Coração sem limites.
“Régis e Valcy, pelo Batismo, Deus os fez irmãos de tantos! Pelo Matrimônio, fez do Valcy esposo, pai e avô. Pelo Diaconado, Ele vos pede ainda mais: fazer-se próximos dos que estão longe, pastoreando a todos na fraternidade e na comunhão diaconal. Estejam atentos aos sinais do Espírito. Não vos deixeis acomodar. Antes, que o desejo de servir vos deixe sempre incomodados. Um coração que ama, não conhece limites, a exemplo do Bom Pastor.”
D. Adilson, neste momento de sua homilia, apontou aos Ordenandos suas futuras diaconias (lugares de missão):
“Régis, procura acompanhar e animar a Pastoral Juvenil, juntamente com a Equipe Diocesana. É uma das prioridades que a Igreja do Brasil quer assumir junto aos jovens. A Igreja é dos jovens! Precisamos estar com eles como a presença do Bom Pastor.
Valcy, os templos e construções são parte das comunidades desde os primórdios da Igreja. Exerce este teu dom, colaborando e servindo a Diocese na Comissão das Obras, mesmo aprimorando seus conhecimentos para a Arte Sacra, para que os ambientes comunitários ajudem a melhor celebrarmos o serviço de louvor ao Senhor. Isso, porém, sem esquecer de servir ao Templo vivo do Senhor, que é a Igreja”.
E concluiu, assim:
“Sereis guias do povo, a Igreja, ‘a esposa do Cordeiro’. Procurai viver a santidade diária, a partir da oração assídua. Maria estará sempre junto de vós, como a Mãe da Esperança vos guiar. Não tenhais medo! Deus vos conduz! Que a nossa Beata Albertina e o padroeiro São João Batista intercedam por vós como peregrinos da fé e da esperança e servidores da caridade!”
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