ANIVERSÁRIO DA BEATA ALBERTINA É DESTAQUE NO JORNALISMO DA RÁDIO CIDADE – “Seu testemunho continua muito atual e necessário para todos nós!”

(11/04/2024) A Rádio Cidade 103.7 FM, de Tubarão, durante a sua programação noticiosa deste dia, abriu espaço para divulgar a efeméride tão importante, especialmente para os devotos da Beata Albertina: o aniversário da Santinha! 

Ao comemorarem os 105 anos de seu nascimento, os católicos recordam o testemunho de fé da nobre aniversariante. Mas, como fica claro na entrevista, também os não devotos podem conhecer a biografia de uma adolescente que, em sua época, soube viver valores humanos e morais que, ainda hoje, são tão importantes e necessários para nossa sociedade. 

A seguir, a entrevista concedida pelo Pe. Auricélio Costa, Reitor do Santuário Diocesano da Bem-Aventurada Albertina Berkenbrock, em São Luiz (Imaruí) e Pároco de Vargem do Cedro, ao jornalista e comunicador Matheus Aguiar.

1) Como o Santuário tem preservado a memória e o legado da Beata Albertina ao longo dos anos? 

Desde que as notícias do martírio da Bem-Aventurada Albertina, ocorrido no dia 15 de junho de 1931, em São Luiz (Imaruí), se espalhou por toda a região, a história de Albertina tem sido transmitida de pessoa para pessoa, de família para família. E a Igreja, como instituição, através de alguns padres, especialmente um jesuíta de Florianópolis, Pe. Alvino Bertoldo Braun, passou a registrar os relatos de graças alcançadas pela intercessão da Menina Albertina, que passava a ser conhecida como ‘a santinha de Imaruí’.

Naqueles tempos, ela era comparada a outra menina que fora esfaqueada, morta e violentada por não ceder aos caprichos de um morador do seu bairro, lá na Itália. O nome da menina era Maria Goretti (1902). Ela foi canonizada pela Igreja. Assim, a Menina Albertina passou a ser chamada ‘a Maria Goretti brasileira’.

Várias publicações na imprensa preservaram a memória de Albertina. Até que a revista Cruzeiro, na década de 1950, um grande órgão de imprensa na época, soube o fenômeno e fez uma fotonovela contando a história da Mártir, inclusive utilizando-se de parentes de Albertina como figurantes.

Em 1954, a Arquidiocese de Florianópolis constituiu um tribunal para analisar as notícias de graças e a fama de santidade de Albertina. Em 1955, Tubarão foi desmembrada da Arquidiocese, tornando-se uma Diocese autônoma. Nosso primeiro Bispo, D. Anselmo Pietrulla, deu continuidade ao processo de Beatificação que já estava no Vaticano. Mas, devido a uma série de circunstâncias (inclusive porque Diocese estava construindo muitas obras, como o Seminário a Rádio Tubá) o processo não teve continuidade.

E assim permaneceu até o ano 2000, quando D. Hilário Moser, atual Bispo Emérito de Tubarão, que reside em São Paulo, retomou a Causa e Albertina foi beatificada em 2007, numa grande festa na praça da Catedral de Tubarão.

Esta memória do testemunho de Albertina e da sua história, do jeito como ela viveu a sua fé, tem sido mantida através do Memorial de Albertina, que está construído junto à Gruta do Martírio. Lá estão expostos relíquias e ex-votos trazidos pelos fiéis.

Também através de uma dezena de livros que contam a história e refletem o testemunho de Albertina. Além de centenas de artigos publicados nos meios de comunicação nestes últimos anos. São inúmeros CDs com músicas temáticas, documentários e reportagens.

A história de Albertina chegou ao cinema em 2020 através do longa-metragem ‘Albertina - a história da menina que conquistou o Céu e o coração de todo um país’, que tem levado esta história a pessoas de muitos países, pois o filme é legendado em seis idiomas, e já conquistou mais de 80 prêmios em Festivais de Cinema por todo o mundo.

Além disso, o Santuário permanece aberto diariamente, desde as 7 horas da manhã, até às 6 horas da tarde; promove muitos eventos de evangelização e acolhe os milhares de peregrinos que mensalmente visitam o local. 

2) Existem projetos em andamento para promover ainda mais o conhecimento da história e do testemunho da Beata Albertina, especialmente entre os jovens? 

O objetivo do Santuário é a evangelização. É um lugar de acolhida, onde o devoto de Albertina experimenta a presença e a misericórdia de Deus, cultiva sua intimidade com Ele. Portanto, Albertina é um instrumento de Deus visando atrair as pessoas para o que realmente importa: Jesus Cristo! Eis aí a essência da espiritualidade de Albertina!

Por isso, no Santuário, desenvolvemos alguns trabalhos de evangelização, especialmente com jovens e com casais. Para os jovens, nós oferecemos os Acampamentos de Jovens ÉFETA. Eles acontecem durante o ano, ajudando os campistas a fazerem um processo de abertura de coração com relação a si mesmos, a Deus e aos irmãos. O próximo será no final de maio, reunindo jovens de 20 a 30 anos (inscrições abertas).

Também promovemos um trabalho semelhante com casais, que chamamos AMORIZAR. Trata-se de ‘amorização’ de casais, a partir de reflexões e dinâmicas que ‘refrescam’ o relacionamento conjugal.

Durante todo o ano, recebemos vários eventos de religiosos (como o ocorrido neste último domingo, quando acolhemos 400 participantes do 5º Encontro Diocesano do Terço dos Homens) e mantemos o Santuário vivo no cumprimento da sua missão. 

Nesta noite, às 19h, no Santuário, acontecerá a Missa de Ação de Graças pelos 105 anos do nascimento de Albertina Berkenbrock (11/04/1919). 

3) Em sua opinião, qual é o legado mais significativo deixado pela Beata Albertina para a Igreja e para a sociedade?

O testemunho de Albertina continua muito atual e necessário para todos nós, especialmente para os cristãos. Albertina nos ajuda a compreendermos a simplicidade da fé que é vivida no dia a dia, inclusive com práticas de devoção. Ela era muito devota de Nossa Senhora e da Eucaristia; e tinha um caderninho onde escrevia suas orações. Rezava diariamente o terço em família e ajudava nos trabalhos na capela, inclusive na limpeza, auxiliando a sua mãe Josefina.

Albertina vivia a caridade e desejou muito receber a Eucaristia. Então, tudo que era relacionado à sua fé e à sua prática religiosa, Albertina vivia com muito fervor, com muito amor.

Por isso, ela não aceitou a proposta do seu assassino, o Maneco Palhoça, negando deitar-se com ele, pois ela sabia que era pecado. Ela lutou muito para defender a sua castidade, movida pelo profundo amor a Jesus.

A Igreja a considera Mártir por ela ter ido até às últimas consequências para defender seu princípio religioso.

Também para a sociedade de modo geral, Albertina deixa o testemunho de uma vida vivida para fazer o bem. Ela era solidária, generosa, preocupada com as crianças mais pobres do que ela, por isso, na escola, Albertina sempre repartia com elas o lanche que levava.

Albertina nos ajuda a tratarmos todas as pessoas com carinho, com respeito à sua dignidade humana, sem estereótipos. Os adultos da comunidade, na época, percebiam nela uma pessoa de paz, de mansidão. Eles a admiravam tanto que lhe deram um apelido muito nobre: ‘a nossa Santinha’. Era assim que a chamavam.

Em nossos dias, é muito importante cultivar estes valores, pois eles nos ajudam a superar todos os movimentos de egoísmo, de orgulho, de materialismo, de intolerância, de desrespeito às instituições, a perda da fé ou a vivência de uma fé sem espiritualidade ou ideologizada.  Albertina nos questiona sobre quais os valores que fundamentam nossas escolhas e o tipo de mundo que estamos construindo.


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