AMÁBILE, DA RÁDIO TUBÁ, ABRE ESPAÇO PARA TRATAR DO ‘LEGADO DE ALBERTINA’

 

(12/04/2024) Nesta tarde, pela internet, o Pe. Auricélio foi convidado a participar do programa ‘De Mulher, para Mulher”, da Rádio e TV Tubá, de Tubarão. A nova apresentadora, a jornalista Amábile Corrêa, criou o quadro “Histórias de fé” e inaugurou o espaço para falar sobre o ‘legado de Albertina’, justamente nestes dias em que se celebra os 105 anos de nascimento da Beata. 

Em sua saudação inicial, o entrevistado assim se expressou: 

“Tenho a alegria de estar aqui no Santuário, nesta semana em que celebramos o aniversário de nascimento de Albertina e fazemos memória de sua história. Ao celebrarmos o seu natalício, queremos recordar o que ela viveu e como viveu, lá nos idos de 1919, quando nasceu. Para a humanidade, era uma época tenebrosa, pois estávamos saindo da Primeira Guerra Mundial. Então, fazer nascer no jardim da comunidade de São Luiz, no interior de Imaruí, uma flor tão linda, foi, realmente, um carinho especial de Deus para com a humanidade. 

E foi o próprio professor e catequista de Albertina, o Hugo Berndt, que era um luterano convertido ao catolicismo, quem disse: ‘o que faz aqui essa flor?’, referindo-se à Menina. Observando-a no jeito como ela vivia, como ela se revelava, tentando compreender a sua essência, ele testemunhou: ‘conhecendo-a psicologicamente, eu sei que ela jamais consentiria em pecar’. Foi por isso que exclamou, de forma poética: ‘o que faz aqui esta flor?’. Esta frase é o título de um livro escrito pelo Pe. João José Hellmann, de Vargem do Cedro, recentemente falecido.” 

Instigado para recordar a história da Beata, o padre disse: 

“Tudo começou em 1919. Seu nascimento trouxe grande alegria para sua família. Foi a segunda criança a nascer na casa dos Berkenbrock. O primeiro foi o Vendelino; depois vieram Albertina e as outras sete crianças! Era uma família grande! Ainda temos duas irmãs vivas: a Hilda, em Vidal Ramos, e a Maria Verônica, que mora em Vargem do Cedro. Pelo seu jeito de ser e de viver sua fé, Albertina deixou uma marca muito grande na sua família e na sua comunidade.... 

Ela não foi uma pessoa que passou nesse mundo e pronto. Não! Ela deixou fortes rastros da sua existência, ao longo dos seus apenas doze anos de vida. Tratam-se de rastros de amor, de generosidade e solidariedade, de muita fé! Era muito ativa na família, prestativa na comunidade.  Era uma pessoa tímida e recatada. E tinha uma serenidade que tocava as pessoas, era carinhosa e todos gostavam de ficar próximos dela, disputando sua atenção. 

Logo perceberam que havia uma riqueza dentro daquela linda moça: era a presença de Deus! Ela era muito amorosa com os irmãozinhos, que a adoravam. Ela cuidava deles e ajudava os pais nos trabalhos da roça e da casa! Era muito educada com as pessoas.” 

Tinha um coração solidário. 

“Certa vez, sua família acolheu um casal de andarilhos que que hospedaram-se num paiol e foram contratados para trabalhar com o seu Henrique, pai da Beata. Albertina cuidava dos seus irmãos e dos filhos do Maneco Palhoça, o tal empregado. Mais tarde, será ele o assassino de Albertina. Ela sempre tratava todos com muito respeito. Quando sobrava algum alimento lá na casa dos Berkenbrock, perguntava: ‘mamãe, posso levar esta comida lá para os filhos do seu Maneco?’. 

Os Berkenbrock não era abastados, mas ela aprendeu a dar uma atenção especial às pessoas mais pobres do que ela. Na escola, por exemplo, ela repartia o seu lanche com as crianças mais pobres, inclusive com alguns meninos que a provocavam. Era sempre muito bondosa. Albertina era devota de Nossa Senhora e de São Luiz Gonzaga.” 

Amábile compartilhou que foi em 1928 que Albertina fez a sua Primeira Comunhão, na antiga capela de São Luiz. E o padre acrescentou: 

“Sim, você tem razão. Nos anais do processo de Canonização de Albertina, lemos que ela era muito admirada pelo seu catequista Hugo. Segundo ele, de todos os catequizandos, ela era a que mais se destacava no desejo de querer conhecer as coisas de Deus e da Igreja e se empenhava em praticá-las. Visto que ela foi educada a sempre andar no caminho de Deus, buscava viver a sua fé no dia a dia, na vida concreta. O terço era rezado diariamente, em família. 

Um de seus irmãos, o Emílio, gostava de contar que, vez por outra, todos eles cochilavam na reza, mas que Albertina jamais cochilava; revelando o seu apreço pela oração. Albertina tinha muita vontade de receber a Eucaristia. Por isso, até criamos uma bela cena no filme ALBERTINA. Na saída da capelinha de São Luiz, ela pergunta para o pai: ‘papai, quando é que eu vou receber a Hóstia?’. Isso nos interpela a respeito de como participamos da Missa e se recebemos a Eucaristia dignamente. Albertina encontrou no Sacramento a força para perseverar na vivência da sua fé. Por isso, disse: ‘o dia mais feliz da minha vida foi o dia da minha Primeira Comunhão’.” 

Este aniversário nos leva a reflexões profundas. 

“A história dessa jovenzinha nos ensina que, diante das escolhas que precisava fazer, ela sempre te deixava iluminar pela fé. Por isso, este aniversário é uma ocasião para nós pensarmos em como estamos caminhando no seguimento de Jesus, em busca da santidade. Como pecadores, precisamos da misericórdia de Deus. Albertina morreu aos 12 anos e sabia-se amada por Deus. E nós, como manifestamos o amor a Deus, à sua Igreja, à sua presença na Eucaristia? Nós corremos tanto, né? 

Mas nós, cristãos, nós católicos, precisamos do tesouro que Jesus escolheu para permanecer no meio (e dentro!) de nós: a Eucaristia! Não há nada mais saboroso do que a gente se alimentar do amor de Jesus, que se faz Pão (‘isto é o meu corpo’). Albertina permanece muito atual! Ela nos ajuda a sermos solidários, tolerantes, sabermos perdoar, a termos relacionamentos fraternos... Notamos que, nestes últimos tempos, estamos ficando seres mais infelizes. É necessário deixarmos o testemunho de Albertina tocar o nosso coração!” 

Agradecer sempre! 

“Ontem, tivemos Missa no Santuário! Mas, vamos continuar celebrando o aniversário de Albertina até domingo. Vamos comemorar este aniversário com muita gratidão e alegria. Ao olharmos para trás, percebemos que há uma bela história já construída; mas também olhamos para a frente, certos em Deus, de que ainda há muita coisa boa a ser conquistada e construída.”


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