MEMÓRIA DOS PADRES FALECIDOS AUMENTA NOSSA ESPERANÇA


28 de agosto de 2012. 20:30h. D. Célio, dirigindo o nosso Retiro Espiritual deste ano, sugeriu que fizéssemos um momento para recordar os nossos presbíteros falecidos. O objetivo é perceber como eles marcaram suas vidas pela vivência presbiteral e como marcaram a vida de suas comunidades. A princípio deveriam ser recordados dez sacerdotes, mas a lista aumentou. E ainda não conseguimos levantar a biografia de outros irmãos, tais como o Pe. Itamar Luís da Costa, o Pe. Sabino, o Pe. Luís Agostinho Saccon e Pe. Lindolfo Lückamnn entre outros.
* Pe. Pedrinho Goulart falou sobre o Pe. Silvestre Felipe. Músico, dedicou-se muito ao ensino da Música no Seminário.Era tímido e muito agradável na convivência. Sua figura andando pelos corredores do Seminário rezando o terço ou a Liturgia das Horas marcou muito nossos padres. Gostava de morar no Seminário, e adoecia ante alguma transferência. Quando adoeceu gravemente foi para a casa de seus familiares e morreu em Armazém, onde está sepultado.
* Pe. Lucas Kestering. Foi um grande companheiro de todos. Era muito amigo do povo em todas as paróquias onde trabalhos, especialmente Imaruí e Grão Pará. Foi aqui que a sua dependência do álcool se agravou e o levou abreviadamente cedo para o óbito. Tinha apenas 40 anos. além da amizade, deixou marcas no nosso presbitério pelo esforço que fazia para participar dos encontros do Clero e das atividades diocesanas.
* Pe. Dnato Darós. Coube ao Pe. Lino Brunel falar de seu amigo falecido graças a um invencível câncer. Pe. Donato era valente, original, amava viver. Trabalhou até o fim de sua vida. Era honesto, sabia pedia perdão e também perdoava. Recordou os muitos bons momentos vividos na casa da Galheta, em Laguna, onde cultivavam a amizade presbiteral.
* Pe. Afonso Schlickmann. O Pe. Lenoir recordou alguns aspectos da vida deste sacerdote que marcou profundamente a vida do povo de Rio Fortuna. Disse que ele tinha o dom de realizar uma pastoral leve e alegre, não se prendendo mecanicamente a normas. Que era muito bondoso e acolhedor. Tinha grande preocupação com os seminaristas e auxiliava os mais carentes.
* Pe. Pacífico D’Agostin. Foi o Pe. Nilo Buss quem fez a memória deste sacerdote. Foram colegas de seminário. Pe. Pacífico foi formador. Integrou a Coordenação Diocesana de Pastoral quando ainda se fazia todo esforço para implantar as orientações do Concílio Vaticano II na Diocese. Sempre presente na vida diocesana, era humilde,criativo e competente. Era obediente e entusiasta. Trabalhou muito pela promoção vocacional. Incentivou a criação do Clarinadas do Seminário (programa de rádio que perdura até nossos dias) e dos Círculos Bíblicos (os atuais Grupos de Famílias). Também o “Diocese em Foco”, que hoje é o nosso Jornal. Quando seminarista maior, já havia ajudado a criar o “Lançai as redes”, atual Revista Mundo Jovem. Foi missionário na Bahia. Doente, retornando da missão, disse: “enfim, eu que sempre fui tão enérgico, agora faço valer o meu nome: sou pacífico”. De fato, tinha um temperamento forte. Faleceu quando completou 25 anos de Ordenação.
* Pe. Boleslau Cizeski. O Pe. Antônio Damiani falou sobre este seu amigo. Lembrou que ele trabalhou em várias paróquias, especialmente Içara e Laguna. Era cantor e tinha grande oratória. Sua presença era marcante ao passo que disseram “aí vem o Messias”; ao que ele retrucou: “espero que não o crucifiquem”. Foi Vigário Geral da recém-criada Diocese de Tubarão. Ajudou muito na construção de nosso atual Seminário. Devido a alguns aborrecimentos, foi para Joinville e, de lá, para uma cidade de São Paulo. Alguns anos depois retornou para Joinville onde continuou trabalhando com afinco até falecer,  quando pescava, de um enfarte fulminante. O povo o amava tanto que não permitiu que os familiares levassem o corpo de seu pastor pois, queriam sepultado ali.
* Cônego Germano Peters. O Pe. Anselmo Buss recordou que o Pe. Germano foi professor de várias disciplinas e Orientador Espiritual no Seminário. Muito dedicado aos estudos e ao ministério, apreciava o silêncio. Usava um guarda-pó depois que os padres deixaram o uso da batina. Fumava seu cigarro com prazer, não obstante o forte odor que a droga deixava. Era muito centrado e tranquilo. Morreu em São Ludgero e deixou muitas marcas em que conviveu com ele.
* Pe. Santos Spricigo. Pe. Domingos Dorigon lembrou que Pe. Santos foi pároco da catedral de Florianópolis, de Araranguá e, depois, até o fim da vida, de Orleans. Costumava tragar o seu palheiro. Muito dedicado à pastoral, dedicava-se de corpo e alma. Era muito zeloso das muitas comunidades que atendia. Destacava-se pela preocupação com a evangelização pelos meios de comunicação. Criou um sistema de comunicação por auto-falantes e depois fundou a rádio Luz e Vida FM. Desta forma transmitia suas mensagens e, especialmente, a Ave Maria, às 15h. Trabalhou muito pelos Grupos de Famílias e pelas vocações. Envolveu-se diretamente no mundo político e era muito respeitado.
*  Pe. Ludgero Waterkemper. Sobre este sacerdote que era intelectual, amante dos livros e muito culto falou o Pe. Marcos Herdt. Era muito mariano e fundou várias grutas por onde passou. Construiu o Colégio de Rio Fortuna e trouxe para lá uma comunidade de Irmãs. Era um grande incentivador dos moços para o sacerdócio. Foi ecônomo do Seminário e organizou as comunidades para darem ajuda à construção e manutenção do Seminário. Com seu caminhão, passava nas paróquias recolhendo prendas e transportando rapazes para o Seminário. Devido a alguns problemas pessoais, adoeceu. Morreu longevo na Taipa, na divisa entre Orleans e São Ludgero.
* D. Anselmo Pietrulla. Sobre o nosso primeiro Bispo Diocesano, falou o Pe. Evaristo Debiasi, amigo do falecido. “Quero destacar que nós dois éramos amigos”, destacou o reverendo. “E que foi ele quem salvou o meu sacerdócio”. Testemunhou que o bispo era muito zeloso da pastoral, como bom missionário, especialmente pelas vocações. Muito compreensivo, acompanhava os formadores e os seminaristas dos seminários que fundou. Muito simples, este missionário alemão nunca deixou de ser missionário. Tanto que apoiava o envio de seminaristas para a missão. Conseguia muitos benfeitores na Alemanha para seus empreendimentos aqui em nossa região. Ele organizou nossa Diocese e marcou profundamente as populações da região Sul do Estado.
* Mons. Gregório Locks. A lembrança da vida deste grande mariano foi feita pelo Pe. Antônio Nicolau Henkemeir. Disse que ele foi pároco de Rio Fortuna e grande incentivador do movimento Filhas de Maria. Construiu muitas grutas em homenagem á Virgem, especialmente as de Rio Fortuna e Pinheiral. Era muito enérgico e exigente. Na matriz de Braço do Norte colocou os vitrais, trouxe as Irmãs do Instituto Serviam da Alemanha, e construiu o atual Santuário de Caravaggio em Nova Veneza.
*  Pe. Gregório Peters. Era um reitor paternal, embora muito firme em seus princípios e posicionamentos. Mas era aberto ao diálogo. Trabalhou em Brusque e Lauro Muller, entre outras paróquias, e foi fundamental na criação de nossa Diocese. Foi um Administrador Diocesano, adquirindo vários imóveis. Era pobre, sábio e santo. Chegou a ser Vigário Geral e primeiro pároco da catedral. Era sempre um conselheiro do Bispo D. Anselmo. Doente foi acolhido pelo Pe. José Kuhnz, em São Ludgero, onde faleceu.
* Pe. Claudino Biff. Coube a mim falar sobre o Pe. Claudino. Eu preparei um texto sobre ele que publicarei na próxima página.

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