13 de agosto de 2013. 9h. Durante
pouco mais de duas horas, treze padres, dois seminaristas propedêutas e uma
delegação de Guiné-Bissau sentaram para dialogar sobre a realidade missionária
naquele país africano.
O Encontro aconteceu na CEDA, em Tubarão. D. Pedro
Zilli, Bispo de Bafatá (e primeiro Bispo brasileiro enviado como missionário
para um outro país), D. José Lampra Cá, Bispo Auxiliar de Bissau, e Pe. Mário
da Silva (guineenses) partilharam sobre a realidade eclesial e social de seu
país.
A Igreja guineense busca parcerias no Brasil com Universidades de Minas
Gerais, com a Arquidiocese de Florianópolis e com a Diocese de Tubarão.
Florianópolis já enviou um padre (Pe. Lúcio) para assumir uma paróquia naquele
país e colabora com alguns projetos sociais, especialmente através da
Comunidade Divino Oleiro e do Instituto Wilson Grohw.
Agora nossa Diocese
recebeu uma solicitação concreta dos Bispos para que também assuma uma Paróquia numa daquelas
Dioceses, enviando um padre por pelo menos seis anos. Com o tempo, leigos
também poderiam participar do Projeto Missionário.
“Estamos abertos a todas as
parcerias, tanto na evangelização, quanto nas áreas de desenvolvimento social.
Sentimos uma grande abertura da Igreja do Brasil para esta nossa realidade.
Precisamos ajudar nosso povo a viver mais dignamente e a fazer um encontro com
Jesus Cristo."
"Vivemos sérios problemas advindos da instabilidade
político-militar, que compromete nosso desenvolvimento, nossa segurança e nosso
trabalho de evangelização também. Diante disto, o quê fazer? Não podemos ficar
parados, esperando. Pois somos co-responsáveis pelo destino dos outros irmãos.
Não temos direito de sermos felizes sozinhos."
"A primeira forma de colaborar
para uma transformação é evangelizar. Mas há paróquias sem padres e tantas
atividades que precisam ser implementadas. Temos um clero novo: cerca de 50
padres nativos e algumas religiosas, além dos missionários. Cerca de 15% da
população é cristã. 40 % é muçulmana. O país possui uma população de 1 milhão e
meio de pessoas; destas, um milhão vive em Bissau. Daí advém uma série de
desafios."
"Precisamos de padres; pode ser no estilo “fidei donum” (por um certo
tempo). Lá podemos dizer 'os trabalhadores da messe são poucos'. Sinto que este
nosso encontro aqui hoje é também uma oração ao Senhor. Precisamos anunciar
Jesus na Guiné, pois quando Ele entra no coração, provoca verdadeiras transformações."
"Temos atuado também no campo da Educação, embora não queiramos substituir o
Estado. Mas sabemos que a verdadeira democracia depende de escolas, pois as
escolhas certas exigem que se tenha conhecimento."
"Nós não somos um país
maldito, onde nada funciona. Cremos que o país é viável e que é querido por
Deus. Nossa presença é quase uma intervenção profética para erguer a autoestima
do guineense."
"O campo da saúde também apresenta muitos desafios. Em Bissau,
além de outras iniciativas, temos um pequeno Hospital Pediátrico e contamos com
a ajuda esporádica de médicos italianos."
"Vossa Diocese é muito bem-vinda em
nossas Dioceses de Guiné-Bissau!"
D. João Francisco, nosso Bispo, não pôde estar presente porque está fazendo um Curso em São Paulo. E manifestou sua justificativa e seus votos de boas-vindas aos bispos.
Após o encontro, os Bispos e
padre guineenses visitaram o nosso Seminário Diocesano.
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