12º ÉFETA – ANDRÉ VILELA ENCONTRA-SE COM AS FAMÍLIAS DE NOVOS CAMPISTAS – “Foi um Retiro, realmente, fantástico!”

(05/10/2025) Dentro da espiritualidade do ÉFETA – Acampamento de Jovens, ligado ao Santuário da Beata Albertina, alguns pilares se destacam, como a confiança no amor de Jesus (oração), o amor à Eucaristia (Missa), o valor da família, a caridade (partilha), a misericórdia (perdoar) e o compromisso com a comunidade (Igreja). 

Um pouco de tudo isso foi compartilhado pelo Pregador da 12ª edição do ÉFETA, o missionário leigo André Vilela, no encontro com as famílias dos 69 novos campistas que estiveram acampados nestes dias 03, 04 e 05 de outubro. A seguir, o conteúdo de sua palestra.

Breve apresentação. 

“Sou catarinense de Brusque. Há 23 anos trabalho na evangelização com a Igreja, sempre compartilhando minhas experiências e minha fé com os jovens e com os casais. Tenho o apoio de minha esposa e de nossos filhos Davi (13 anos) e Clara (6 anos). Eu não sei quanto tempo vocês levaram para chegar até aqui no Santuário. Sei que, de minha parte, foram necessárias cinco horas de viagem. Este é o 7º Acampamento ÉFETA que participo e, ainda assim, desta vez, errei duas vezes o caminho, pois desconfiei do meu GPS.”

A razão da missão.

“Eu saí lá de casa, na última quinta-feira, ao meio dia, deixando para trás a minha atividade profissional e minha família. Se eu não acreditasse em Deus e na Igreja e em toda essa nossa Equipe (mesmo que eu seja o único forasteiro), eu não sairia de casa. E vim para cuidar dos filhos dos outros. Porém, aquilo que um dia alguém fez por mim, – e agora chegou a minha vez! – eu o faço por amor e para o Amor.”

Um alerta: há um vazio!

“E eu quero compartilhar com vocês uma frase que mexeu comigo na sexta-feira. Olhem só, eu já ouvi muita coisa de jovens e casais ao longo desta grande caminhada de retiros que eu já preguei. Conheci muitas histórias tristes e de superação, testemunhei muitos milagres (porque servimos ao Deus de milagres, que é Vivo, Ressuscitado e que deseja transformar as pessoas e as famílias, não obstante elas resistam).

Naquela noite de sexta, um filho campista soltou um grito de socorro no Acampamento. E isso despertou um alerta em meu coração (e de toda a nossa equipe). Estávamos em oração, diante de Jesus eucarístico. Então, aquele menino, na presença de todos, disse: ‘eu estou cansado de viver esse vazio’. Eu comecei a chorar escondido. Nos dias seguintes, esse fato norteou as minhas falas aos jovens.”

A saudade de afeto.

“Pai e mãe, se há uma palavra com a qual eu posso resumir este ÉFETA é ‘saudades’. Teu filho tem saudades de ti. Tua filha tem saudades de ti. Eu pude me colocar diante de muitos jovens e olhar em seus olhos, chorar e rir com eles. Atenção, famílias, a minha família não é perfeita e nem eu sou um perfeito pai. Também não sou santo e nem sou robô.”

Tempo de proteger e reconstruir.

“O fato é que existe um ‘sistema’ querendo roubar teu filho, a minha e a tua vida, e parece que ainda não compreendemos isso. Existem ideologias e um ‘Inimigo’ de Deus, neste mundo maldoso, que quer destruir a todos nós. Será que ainda não entendemos? É preciso defender a nossa Igreja doméstica e reassumir o santuário da vida! Eis o grito de um filho ao Pai! Eis o pedido de socorro da Igreja! Estou lhes falando isso porque a metade dos jovens me disse: ‘André, meus pais não participam da Igreja’. Será que eles mentiram para mim? Isso é muito preocupante, porque não é uma conta bancária e nem meu intelecto que serão o meu caminho de Salvação, e nem o meu sonho de casa boa, com um novo carro e uma gorda conta bancária.”

Realizar gestos de amor.

“Então, eu disse pra eles: ‘parem de fechar a porta na cara de seus pais, mostrem que vocês os amam, abracem-os. Talvez eles não tiveram isso da parte de seus avós’. Santa Tereza de Calcutá dizia: ‘queres mudar o mundo? Começa pela tua casa’. Eu lhes disse: ‘começa pela tua cama, arrumando-a’. Talvez a gente possa ficar menos tempo no celular.”

Deixar sucessores.

“O tempo está passando muito rápido e teus filhos já não tem mais dez anos; já chegaram aos quinze, dezesseis, dezessete!... E, daqui a pouco, assim como aconteceu com a gente, irão deixar a sua casa; e o que é que eu deixei para o meu filho: herança ou sucessão? A herança logo acabará, mas a sucessão não.”

O melhor alimento.

“Vejam só: todas as quintas-feiras o meu filho fica o dia todo no Sesi. Mas a primeira vez que ele ficou lá eu me escondi em casa e chorei o dia todo. A meio dia, faltava alguém à mesa. Não é infantilidade, não! É o coração de um pai apaixonado que ama o filho que, um dia, quase se perdeu. Meu filho é um milagre! No final daquele dia, chegamos meia hora antes no estacionamento do Colégio para buscar o Davi. Éramos pura ansiedade. 

De repente, lá meio dos estudantes, surgiu ele, mocinho, mochila nova. No caminho de volta pra casa, minha esposa perguntou pelo almoço e ele respondeu: ‘é bom, mas eu prefiro a comida de meu pai’. Sabe o que isso significa pra mim? Que ele confia em mim. E, depois, no momento de oração, eu senti Deus me revelando: ‘eu prefiro a comida do meu Pai’; e entendi que se tratava de Jesus na Eucaristia.”

Somos a referência.

“Irmãos, onde é que nós estamos nos perdendo? Há um ‘alimento confiável’ para nos alimentar, mas, graças a falta de amor em casa, nossos filhos podem estar mendigando afeto na coisas e nas pessoas, tomando como referência certos ‘youtubers’, ou seja, gente que por traz das câmeras pode ter vida incoerente. Irmãos, eu e você é que temos que ser referência para nossos filhos e faz. Sei que não existem pais e filhos perfeitos, mas há famílias perfeitas, isto é: todos os imperfeitos buscando a perfeição em Deus!”

A oração que cura.

“Seus filhos partilharam muitas riquezas conosco, mas também suas dores. Agora eles estão com saudades. Mas, antes de vocês se encontrarem, quero lhes lembrar uma expressão: ‘Deus fere para depois curar’ (Jó 5,18). Isso acontece na cirurgia: após o ferimento, vem a cura. Eu fiz três perguntas pra eles: quem não se ama mais, quem não se sente um filho amado por Deus e quem não se sente amado pelos pais. 

Irmãos, tudo bem! Todos temos pendências em nossas famílias, mas é preciso tentar resolvê-las. Há muitas formas de manifestar o amor. Dar a bênção nos filhos é importante. Amor não é apenas sentimento. Amor é uma Pessoa, é Jesus Cristo e está faltando Amor nas casas, nos relacionamentos. Falta Deus e aumenta a diversidade de doenças e o vazio interior. E os jovens estão procurando preencher tal vazio com qualquer coisa. 

Ore pela sua família, do seu jeito: ‘Abençoa, Senhor, a minha família. Traze saúde e paz pra gente. Afasta a tristeza, traze alegria. Afasta as doenças, traze saúde para todos nós. Protege meus filhos’. Eu sei que muitos de vocês já fazem assim. Levante um altar (mesmo que singelo) lá onde vocês moram.”

Misericórdia em processo.

“Quero lhes lançar esse alerta, cheio de amor. Lá em casa, a gente sofreu muito quando o nosso pai foi embora e nos abandonou. Por quarenta anos eu não tive pai; nem minha irmã e nem meu irmão o tiveram por perto. Ele foi atrás das coisas do mundo. Sabem o que aconteceu no início deste ano? Aquela mulher com a qual ele escolheu viver ligou pra mim e disse: ‘deixei o pai de vocês em tal lugar; vão lá e cuidem dele; não quero mais’. Conversei com o pai: ‘como cristão, eu te perdoo, mas, como filho, ainda não consigo’. 

Eu e minha irmã estamos cuidando dele. Se sou capaz de ajudar pessoas estranhas, muito mais devo fazer para o meu pai. A vida só tem sentido servindo. E eu vou seguir esse meu caminho. Ainda dói falar deste assunto. Eu não tive a presença dele junto de mim até a pouco, mas ele não está bem. Quando eu saí do hospital na quinta-feira, ele começou a chorar e me disse: ‘eu sei porque é que estou passando por isso’; mas logo eu lhe falei: ‘está tudo certo, pai; eu voltarei pra gente conversar’. A gente vai vencer.”

Chegou um tempo novo.

“Pais, seu filhos são crianças! Sim, crianças! E eu bati muito neles nestes dias; mas a gente os amou tanto! Mas foi visível a transfiguração até no corpo deles, a alegria deles com os amigos! São uns fofos! Foi uma graça estar com eles. E, dentro do espírito do ÉFETA, está na hora de retornar para a casa. E eles estão morrendo de saudades de vocês. E eu disse pra eles voltarem para aquele lugar de onde nunca deveriam ter saído, o seja, do colo de pai e mãe. 

Obrigado por nos confiarem a nós os seus filhos e filhas. Foram apenas três dias, mas foi o tempo suficiente e muitas coisas podem acontecer. Por três dias Jesus ‘perdeu-se’ no templo; em três dias Ele ressuscitou e está vivo em nosso meio. Obrigado por confiarem na Igreja, no Padre e nas pessoas do ÉFETA (alguns que vocês nem conheciam). 

Foi um Retiro, realmente, fantástico! Ele retornarão diferentes. São suas preciosidades. Vocês foram muito abençoados com esses filhos e filhas maravilhosos. Deu tudo certo! Deus os abençoe, famílias!”


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