(16/10/2016) Em Vargem do Cedro o
domingo foi tórrido. No Santuário e na sede do Distrito muitos romeiros e
turistas perambulavam de um lado para o outro. No final da tarde, pelas 18h, o
vento forte sacudiu as florestas e quase as casas também. Mas, não passou
disso.
No noticiário noturno, pela TV e pelas redes sociais começaram a chegar
as notícias do ocorrido em Tubarão e mais 22 municípios do sul do Estado. Ao
amanhecer a segunda feira, 17, em Tubarão o povo perambulava nervoso e triste
pelas ruas.
A tragédia que se abateu sobre a cidade destruiu e destelhou casas,
galpões, empresas... arrancou e desfigurou milhares de árvores, danificou
automóveis e outros patrimônios, colocou pessoas em estado de pânico,
superlotou as emergências dos hospitais...
As autoridades correram aos
microfones das emissoras de rádio e televisão para tentar explicar o acorrido,
buscar maneiras de organizar a rede de solidariedade que se formou, auxiliar as
famílias mais prejudicadas, evitar tumultos e exageros...
Enquanto os padres e
religiosas e lideranças buscavam atender as suas comunidades flageladas, o Sr.
Bispo gravou mensagens e entrevistas para se solidarizar com a população; a
Diocese publicou nota de apoio e colocou-se à disposição para auxiliar as
forças vivas do município.
Os padres Lino e Pedro Debiase visitaram as
paróquias atingidas. No Seminário, onde o vento não perdoou nem o arvoredo e
nem os prédios, foi preciso desobstruir as estradas e, por dias, ir retomando a
vida normal. Ali próximo, na beira-rio, margem esquerda, a maior e irreparável
perda: a vida da Maria Clara, uma menina de 07 anos, tragada sob um tronco de
eucalipto que a surpreendeu dentro do automóvel. O
s governos federal e estadual
se aliaram ao poder municipal para viabilizar formas de ajudar a população. Os
dias que se seguiram foram de muito trabalho. Aos poucos as 900 famílias
desabrigadas foram retornando para seus lares, reconstruindo-os, recomeçando...
O tsunami meteorológico, como foi chamado, assolou a região. Como das outras
vezes em que as enchentes abalaram as localidades, agora, novamente, é preciso
envidar todos os esforços para retomar a vida normal. E não nos faltará as
graças de Deus, que, como sempre, abençoa e protege nossa gente!
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