PRESBITÉRIO DE TUBARÃO EM ORAÇÃO – REFLEXÃO DE D. JOÃO



19 de março de 2013. 9h. Nesta manhã o clero da Diocese de Tubarão fez a sua preparação para a Páscoa. Este é um tempo muito exigente na prática pastoral nas paróquias. Mas, à convite da Pastoral Presbiteral, os padres reservaram esta manhã para rezarem juntos a Laudes, a Via-sacra e a Santa Missa. D. João Francisco dirigiu umas palavras em preparação ao Sacramento da Reconciliação. Nesta oportunidade costumamos fazer nossa Confissão. Abaixo transcrevo alguns de seus pensamentos.

Nossa missão de presbíteros não é somente preparar o povo para a Páscoa, mas ajudar a fazer surgir o homem novo, no dinamismo da Páscoa. É um fruto pascal!

As Diretrizes da CNBB nos orientam a fim de transformarmos o homem como pessoa em vista da plenitude, onde se insere a dimensão da vida comunitária. Pois ele não está só. Nossas comunidades se integram e constituem a sociedade. Assim, entendemos que nossa tarefa é formar e transformar o mundo na ‘Civilização do Amor’!... no ‘novo Céu e nova Terra’!

Esta dinâmica pascal passa pelos sacramentos, sempre na força da Ressurreição. O Sacramento da Penitência torna viva em nós esta força. O Papa Francisco, logo após sua eleição, disse: ‘Eu vejo aqui um movimento: caminhar, rezar e confessar’! Em Números lemos ‘Que Deus nos mostre a Sua face’.

Então pergunto: como tenho andado na presença de Deus? Como tenho me relacionado com Ele e com os irmãos? Minha vida é um colaborar com o Reino de Deus? Sou também pedra viva que edifica ou pedra que estorva? Como professo minha fé?

Irmãos, o Batismo e a Penitência nos convidam à recriação do nosso ser. O teólogo Bruno Forte, ao analisar a Parábola do Filho Pródigo, destaca seis características que podem nos auxiliar: 1) O Pai é humilde; atende o filho que lhe pede mais do que lhe é devido. 2) O Pai tem esperança: espera que o filho vai voltar. 3) O Pai tem amor materno: um amor das entranhas, visceral. 4) O Pai tem um amor corajoso: o filho poderia ser morto sem os cuidados do pai. 5) O Pai é alegre, festivo: festeja a volta do filho. 6) O Pai é amoroso: sabe sofrer a dor do filho. Então, diante de um Pai assim, é preciso retornar mesmo.

Não podemos ficar exilados, fechados em nossa auto-suficiência. É bom sentirmos ‘saudades de Deus’; desejar ‘voltar’ para a casa do Pai. Quem se afasta de Deus se sente ‘exilado’ d’Ele. É preciso olhar pra frente, com esperança e dizer ‘vou me levantar’. O amor cria vida nova! ‘Já não sou eu que vivo, mas é Deus que vive em mim’, disse S. Paulo.

Pelo Sacramento da Penitência as pessoas vêm até nós: saibamos acolhê-las. O filho mais novo volta para viver a verdadeira liberdade. É tempo de reconciliarmo-nos com Deus, com os irmãos e com o mundo. Sejamos nós os que mais espalham alegria entre os irmãos!

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