D. JOÃO FRANCISCO FALA AOS ANIMADORES VOCACIONAIS


02 de março de 2013, 9h. Em sua primeira visita aos membros do SAV-diocesano, D. João assim se pronunciou:

“A consciência vocacional ajuda a pessoa a descobrir-se ser humano e filho de Deus. Neste contexto, o que é mesmo vocação? Há muita confusão por aí. A pessoa precisa enterder-se como ser humano no Projeto de Deus Criador.

A Bíblia diz que o homem faz parte deste projeto como a criatura mais querida; tanto que somente o homem pode reconhecer a Deus como Senhor. O homem dizer ‘sim’ ou ‘não’ ao Amor do seu Criador. Desejar amá-Lo é sinal de grandeza. Somente nós, conscientemente, podemos fazer escolhas e não agir sempre por instintos. Assim, o pecado foi um desastre neste projeto: foi o não reconhecimento do Criador. Jesus veio, portanto, para restaurar tudo, recriar tudo com a força incontrolável da Sua ressurreição. Quem se abre a Cristo, por Graça d’Ele, é refeita nova criatura.

Então, a pessoa se insere na comunidade, Igreja. É ali onde se dá todo esse processo. Torna-se Igreja viva, fermento na massa, sal da terra, e assume serviços-ministérios. Portanto, vocação não é fatalidade; como se estivesse “escrito nas estrelas”. Deus criou-nos capazes de amar. Somos chamados a seguir Cristo, inserir-nos na Igreja e assumir nossa vocação. Todavia, eu posso dizer-Lhe ‘não’.

Vocação é iniciativa d’Ele, mas depende da minha generosidade, de minha vontade e adesão. O ‘sim’ dado conscientemente me compromete por toda minha vida. Compreendendo isso, então, não se poderá dizer ‘não’ a Deus. O serviço de animação vocacional é muito importante na vida da Igreja, mas é também muito complexo. Visa ajudar, especialmente, os mais jovens, a assumirem sua vocação. Será necessário Catequese, consciência de pecado, conhecer a proposta de Deus. Esta animação visará animar o jovem para inserir-se neste caminho.

O animador vocacional encontrará cruzes, dúvidas, crise, ‘tempo de caducidade’ (pois tudo passa tão rapidamente!). Não é bom trabalhar sozinho; há que se organizar grupos, para se manter ‘no topo da motivação’, de forma organizada. Seria bom um ‘motivador vocacional’ em cada pastoral e organismo de pastoral, que garanta um estado de animação permanente. É como faz o comércio através do ‘merchandising’ para convencer o consumidor a gastar mais. Nosso objetivo, evidentemente, é outro.

Bem, acreditamos que Deus dá consolações ao longo do nosso caminho, em todas as vocações. Alegrias e dificuldades fazem parte da caminhada. Em qualquer caminho se encontrará ‘paredões’ e obstáculos e provações. Todavia, a  questão vocacional é fundamental. Para ser animador é preciso compreender o Plano de Deus, e discernir suas próprias condições. O itinerário vocacional (as várias fases do processo) deve ser seguido. É como se dizia antigamente: ‘semear a semente e ajudar a plantinha a desenvolver-se’.”

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