FESTA DE PASSOS DE IMARUÍ – A TRADIÇÃO, A FESTA E A FÉ






CHOVE OU NÃO CHOVE?


10 de abril de 2011 - Não poderia ser diferente. As previsões dos sites de meteorologia vaticinavam chuvas e ventos durante todo o domingo... justamente o Domingo de Passos! Nossos seminaristas ficaram preocupados: haverá procissão ou não?


Expliquei-lhes que, para o povo de Imaruí, esta questão estava fora de cogitação, pois há muitos e muitos anos que a imagem do Santo não deixa de sair na procissão. Os devotos garantem: “é Ele que quer sair!”.



Evidentemente que a imagem de madeira não tem vontade própria, pois não tem razão. O devoto compreende que a imagem é um sinal da fé, pois ela representa Jesus Salvador. Portanto, no entendimento popular, quem deseja “sair” em meio ao povo é o próprio Jesus representado naquela linda e significativa imagem!


Bem, em nossa região este dia 10 de abril de 2011 amanheceu lindo, iluminado pelo radiante sol. Por volta das 10h o tempo mudou, o ar ficou mais fresco, nuvens tomaram o céu e chegou a chuviscar.


Alguns seminaristas voltaram a me questionar: “E daí, padre, vão colocar o santo na rua mesmo com esta chuva que está chegando?”. Eu ri. Disse-lhes que ainda era cedo, mas que o Santo de Imaruí iria sair.



Não deu outra: por volta das 13h o sol voltou a dar o brilho de sua graça e tão fortemente que tivemos que nos desfazer de nossas blusas.


Confesso que também fiquei atônito com a previsão de chuva, pois sei o que é preparar uma Festa de Passos como esta de Imaruí, onde se concentram mais de 50 mil romeiros.


Eu mesmo não tinha tanta fé assim, pois com chuva ou sem chuva, o que importa é a devoção ao Senhor Jesus. Como romeiro de Passos que sou, agarrei-me na fé do povo de Imaruí, pois, esta sim, não falha.


Quando chegamos à “Pequena Jóia do Litoral”, por volta das 15h, não havia mais lugar para estacionar com tranquilidade.


Um grande congestionamento acontecia na entrada principal da cidade, transformada num santuário.



Deus abriu-nos uma porta: entramos num estacionamento particular e disseram-me que estava fechando e que não havia mais vagas. Foi quando um rapaz bradou: “Vão sair dois carros”.


Foi a senha para que nós conseguíssemos estacionar nosso automóvel e acompanharmos toda a procissão. A Missa dos Romeiros? A escutamos pelo rádio do carro.

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